Live de Emicida rendeu R$ 800 mil para mães solos

O programa beneficiado foi criado pela Central Única das Favelas (CUFA) para auxiliar mães solo moradoras de favelas de 17 Estados e do Distrito Federal.

Escrito por Estadão Conteúdo ,
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No dia 10 de maio, Emicida fez uma live que já foi chamada de "histórica" nas redes sociais: o rapper ficou mais de 8 horas de pé e cantando, uma atrás de outra, 100 músicas da sua caneta (e de parceiros), cujos fonogramas são da Laboratório Fantasma, sua empresa e gravadora.

Com uma ação do patrocinador, o montante arrecadado via um QR Code na tela foi de R$ 800 mil, para o Mães da Favela, programa criado pela Central Única das Favelas (CUFA) para auxiliar mães solo moradoras de favelas de 17 Estados e do Distrito Federal.

Foram mais de 900 mil visualizações e cem mil tuítes sobre a maratona. "Antes de começar, a gente estava preocupado, achando que não ia ter música suficiente (risos)", diz Emicida, por videoconferência.

Participaram da live o DJ Nyack e o cantor Thiago Jamelão, na sede da gravadora, zona norte de São Paulo. Toda a equipe está em home office, e Emicida é também um empresário tentando caminhar pelas novas circunstâncias.

"A gente faz nossas reuniões por vídeo, pensamos como organizar o RH, demos férias para uma parte da equipe, fazendo equilíbrios e ajustes para não prejudicar ninguém. A gente faz muita coisa, tem muita ideia, e temos conseguido conduzir sem desligar ninguém. Estamos antecipando algumas ideias, acrescentando outras camadas do entretenimento, no videogame, cinema, literatura, tudo isso vai ser amplificado, queremos potencializar e nos transformar em um grande hub de ideias e conteúdo." Ele para: "não gosto desse termo, não (risos)".

Um dos lançamentos previstos é a LAB Fantasma TV, no Twitch, previsto para junho. "Nossa primeira preocupação são as pessoas, depois vamos entender os mercados, não são coisas antagonistas", diz.

"É desafiador, nos primeiros 15 dias (de quarentena), fiquei desesperado, mas passou. Vamos vibrar positivamente, porque tem isso também: a gente desconhece nossa capacidade de colaboração."
 

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