Gal Gadot estrela ‘Agente Stone’: 'Menos músculos que Schwarzenegger, mas mulheres fazem diferente'
Com Jamie Dornan e Alia Bhatt no elenco, filme é nova aposta e estreia nesta sexta-feira (11) na Netflix
Veterana em filmes de ação, Gal Gadot estrela nova franquia da Netflix do gênero espionagem. Em ‘Agente Stone’, a atriz dá vida à Rachel Stone, uma agente de elite que leva uma vida dupla trabalhando para duas organizações: MI6 e Carther. O filme, que tem Jamie Dornan e Alia Bhatt no elenco, chega ao streaming nesta sexta-feira (11).
Chefiada pelo agente Parker (Jamie Dornan), Rachel até engana por parecer a mais inexperiente da unidade de elite do MI6, mas na verdade ela trabalha para uma organização secreta pacificadora, Carther, que usa tecnologia de ponta para neutralizar ameaças globais. Porém, sua missão secreta é colocada em jogo pela misteriosa hacker Keya Dhawan (Alia Bhatt).
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Em passagem pelo Brasil em junho deste ano para o Tudum, evento global da Netflix, os astros do filme conversaram com o Diário do Nordeste sobre a novidade do streaming.
Reconhecida por seus papéis em franquias de ação, como Velozes e Furiosos e Mulher-Maravilha, Gal Gadot reafirmou a importância de protagonistas femininas liderarem projetos como esse, já que a maioria das produções do gênero são sempre relacionadas a uma figura masculina.
“Eu me sinto muito grata e abençoada por ter a oportunidade de atuar nesse papel. Tenho três filhas e acho muito importante para elas se verem representadas na tela grande, na TV e com personagens que são poderosas, independentes, inteligentes. Obviamente, tenho menos músculos que Schwarzenegger, mas nós, mulheres, fazemos isso de uma maneira diferente e eu adoro isso”.
Para Alia Bhatt, o fato de ter uma mulher no comando foi o que mais a atraiu no filme, demonstrando as diferentes camadas do feminismo em tela.
“Ela faz com a força, faz com a cabeça, faz com tudo. A combinação de tudo junto e acho que talvez o que mais gostei é que não concordamos em tudo uma com a outra, mas ainda temos uma sensibilidade, conseguimos ver isso pela perspectiva da outra pessoa”, afirma.
Ficção real
Embora também seja um filme de ação, Gal pontua que essa produção se difere de Mulher-Maravilha, talvez papel de maior projeção da atriz, por ser uma história possível dentro do real. “Diana é uma semi-deusa, ela não pode morrer, é a guerreira mais forte que já existiu. Portanto, não é real”.
“O que tentamos fazer com Rachel Stone neste filme foi realmente contar uma história de uma forma fundamentada, mesmo com as sequências de ação. Nós forçamos os limites, mas nos certificamos de que humanos podem fazer essas coisas. É tudo factível onde é tudo real. Queríamos que o público sentisse a dor quando estivesse com dor, sentisse o soco quando tomasse um”, diz.
Jamie Dornan é outro nome do longa que o público atrela a outro personagem, o bilionário Christian Grey, de 50 Tons de Cinza. Para ele, é normal que elementos de outros papeis se “infiltrem, porque somos as mesmas pessoas interpretando como personagens”.
"Eu sempre acho que você deve colocar um pouco de si em cada personagem que interpreta. Mas espero que haja oportunidades contínuas para explorar novos mundos que deixem um pouco desconfortável. Estou empolgado com a perspectiva de tentar trazer algo à vida como isso, especialmente algo nessa escala”.
Sucesso de produções do eixo oriental
Com mais de 10 anos de carreira, o longa marca ainda a estreia da indiana Alia em filmes de língua inglesa, além disso, a Netflix oferece um vasto catálogo de produções de diferentes países como a própria Índia, Coreia do Sul, Turquia e mais, que tem feito no sucesso entre o público brasileiro. Para a atriz, essa é uma grande oportunidade para que outras pessoas mostrem seus talentos.
"O mundo definitivamente se tornou muito menor, há tantas opções e muito mais para assimilar e aprender. Acho que é uma grande oportunidade para a indústria de conteúdo, para filmes, para pessoas que pensam que só existe um certo tipo de filme que talvez funcione nos cinemas. Eu amo a fusão de literalmente ver um mundo sendo representado em um filme”.
Esse intercâmbio também acontece com outros dois protagonistas, já que Gal é israelense e Jamie é norte-irlandês. De acordo com Gal, um dos objetivos do filme é dar a sensação de uma grande global.
“Foi importante para nós e estou muito feliz que a Netflix tenha permitido que enlouquecêssemos, mas foi importante para nós mostrarmos as diferentes locações. Filmamos em mais de cinco locações diferentes ao redor do mundo durante a pandemia de Covid-19. Queríamos que fosse quase outro personagem do filme para dar ao público uma experiência completa”, finaliza.
*Repórter viajou a convite da Netflix