Mais investimento será necessário
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos destaca a estrutura e a localização do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, como outra vantagem para exportação do melão para China, além do fator fitossanitário. E falou da vindas de hubs marítimos para o porto com abertura do canal do Panamá. "Isso é uma grande vantagem para exportamos frutas para a Ásia de forma geral", ressaltou, lembrando o impacto sobre o setor.
> Melão cearense atrai interesse de japoneses
Para atender esta nova demanda, no entanto, serão necessários investimentos para ampliação das áreas produtoras e de irrigação, além dos armazéns para embalagens das frutas. E ainda a avaliação dos recursos hídricos disponíveis.
De acordo com Barcelos, este investimentos seriam a médio prazo, pois é necessário ultrapassar a barreira fitossanitária chinesa antes. Após a aprovação, o passo seguinte é identificar os melhores importadores, acertar a questão de preço e definir a logística. A ampliação do canal do Panamá, prevista para este mês ainda, será um facilitador para reduzir a viagem em até dez dias, sendo concluída num prazo de 28 dias.
Recursos hídricos
A Abrafrutas tem conversado com o Governo Estadual e Federal para que as obras da Transposição do Rio São Francisco continuem e não parem, apesar do atraso. Barcelos comentou que perspectiva é que no final deste ano as águas comecem a chegar no Ceará. "Ainda vamos analisar se é preciso novas obras para que a água chegue no Vale do Jaguaribe. Estamos sensibilizando os governos de que esta obra é importante para continuar crescendo nosso setor", disse. (CK)