Lojas podem vender por delivery no lockdown, mas há ressalvas, diz Seplag

Ontem (11), funcionários de uma loja de equipamentos musicais foram repreendidos por equipe da vigilância sanitária quando despachavam mercadorias para entrega

Escrito por Redação ,
Legenda: Serviço de delivery não sofrerá restrições com novo decreto
Foto: Camila Lima

A permissão para entregas por delivery durante o lockdown, válido pelo menos até 21 de março em Fortaleza e estendido para todo o Estado a partir de amanhã (13), tem confundido alguns proprietários de comércios de serviços não essenciais. De acordo com a Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag), é proibido manter funcionários em loja, mesmo a portas fechadas, exceto o setor de alimentação fora do lar. Contudo, comerciantes reclamam da impossibilidade de manter a logística de vendas sem equipe. 

Ontem(11), funcionários de uma loja de equipamentos musicais foram repreendidos por equipe da vigilância sanitária quando despachavam mercadorias para entrega. A proprietária da loja, que preferiu não se identificar, diz que a unidade foi notificada por manter os trabalhadores in loco. 

Ela afirma que a equipe estava reduzida, usava máscaras e que o tamanho da loja permite manter o distanciamento. Porém, os trabalhadores foram avisados de que estavam descumprindo a lei. 

“Eles disseram que a gente tava descumprindo a lei porque não era serviço essencial e que se passassem de novo e a gente tivesse fazendo o mesmo serviço, iam autuar”, relata. 

O que diz o decreto

O decreto, publicado em 4 de março no Diário Oficial do Estado, estabelece que “fica suspenso, no município de Fortaleza, o funcionamento de lojas ou estabelecimentos do comércio ou que prestem serviços de natureza privada”.  

O texto ainda define que “durante a suspensão de atividades, o comércio de bens e serviços poderá funcionar por meio de serviços de entrega, inclusive por aplicativo, vedado, em qualquer caso, o atendimento presencial de clientes nas dependências do estabelecimento”. 

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Deslocamento

A Seplag explicou que o decreto tem por objetivo diminuir a circulação das pessoas, portanto, não faria sentido manter funcionários em deslocamento para unidades comerciais. 

No caso do setor de alimentação fora do lar, o documento permite a manutenção de trabalhadores nos locais pela necessidade do preparo de comidas, mas com capacidade reduzida, funcionando apenas para serviço de entrega.

“Como é que a mercadoria vai sair do local, tirar nota fiscal, fazer a separação? As pessoas que estão lá tiram fotos da mercadoria, separam, embalam. Todas as lojas tão trabalhando dessa forma, em algum local vai ter que ter um funcionário”, questiona a proprietária da loja. 

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