Com novo modelo de acolhimento, voo de brasileiros deportados dos EUA chega ao Ceará

Os recém-chegados não irão contar com avião da Força Aérea Brasileira, a FAB

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Redação producaodiario@svm.com.br
Imagem do avião vindo dos Estados Unidos com deportados brasileiros e pousando no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza.
Legenda: Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do CE, agora a a recepção será feita em hotel, onde os recém-chegados podem optar por se hospedar até a ida para os seus estados.
Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Novo voo trazendo brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou ao Ceará neste sábado (21), às 12h45. A previsão inicial de pouso era 8h, mas houve um atraso. O avião transporta 119 pessoas, que desembarcaram no Aeroporto Pinto Martins

Coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos, com apoio da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará (Sedih), a recepção dos brasileiros deve contar com nova logística, já que não haverá mais a disponibilidade de avião da Força Aérea Brasileira (FAB). 

A titular de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, explica que agora a recepção será feita em hotel, onde os recém-chegados podem optar por se hospedar até a ida para os seus estados. 

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A primeira abordagem segue sendo ainda no aeroporto, onde diversos órgãos fazem o acolhimento dos brasileiros. São eles que decidem se querem continuar no aeroporto para fazer um embarque imediato — com passagem custeadas por eles próprios — ou seguir para o hotel, onde será garantida a hospedagem. 

Foi firmada uma parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que deve disponibilizar passagens "por terra ou ar" para aqueles que não puderem custeá-las, explica Socorro França.

"A gente não sabe como vão preferir, eles que vão dizer o que querem quando chegarem aqui", explica a secretária estadual. Apesar da mudança, ela garante que toda a logística continua "organizada, como sempre foi". 

Recepção dos brasileiros

Socorro França cita a presença de diversos órgãos no aeroporto para realizar a primeira abordagem com os recém-chegados. 

Um deles é o Ministério da Saúde, que presta atendimento médico e psicológico, além da aplicação de vacinas. 

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Também estão presentes outras pastas do governo federal, como Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Do Ceará, integram o acolhimento órgãos como a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça. 

Já no hotel, a equipe da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará deve recepcionar os brasileiros, garantindo a hospedagem e a alimentação. 

Acolhimento

Até o momento, segundo o governo, já foram repatriados cerca de 892 brasileiros, que chegaram entre fevereiro e junho deste ano, principalmente vindos dos Estados Unidos, onde se encontravam em situação de vulnerabilidade após a nova política migratória adotada pelo governo de Donald Trump.

Todos os repatriados são recebidos por uma estrutura de acolhimento humanizado que inclui alimentação, kits de higiene pessoal e apoio psicossocial, além de acolhimento e deslocamento para suas residências por meio terrestre, fora o restabelecimento de contato com os familiares.

Pessoas com deficiência, população LGBTQIA+ e pessoas idosas, casos que requerem acolhimento especializado, contam com atendimentos que são direcionados dentro do próprio ministério. Tanto a Polícia Federal como as concessionárias dos aeroportos participam.

No Ceará, a Sedih informa que os repatriados contam com apoio e articulação da equipe multidisciplinar do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que conta com Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) no Aeroporto de Fortaleza

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