Com chuvas de março, açude no Cariri volta a sangrar após 14 anos; veja vídeo

No Ceará, até o momento, 30 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) já atingiram a capacidade máxima em 2023

Escrito por Thatiany Nascimento , thatiany.nascimento@svm.com.br
açude cachoeira
Legenda: Na Bacia do Salgado, além do Cachoeira, o Junco e o Rosário também já sangraram.
Foto: Divulgação Prefeitura de Aurora

O Açude Cachoeira, na cidade de Aurora, no Cariri cearense, esse mês, voltou a atingir 100% da capacidade, com 34,33 milhões de metros cúbicos de água acumulada. A última vez que o açude havia sangrado foi em maio de 2009.

No Ceará, até o momento, 30 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) já atingiram a capacidade máxima em 2023. Na Bacia do Salgado, além do Cachoeira, o Junco; em Granjeiro, e o Rosário; em Lavras da Mangabeira, também já sangraram. 

Após 2009, quando atingiu 100% da capacidade, o Cachoeira passou meses com baixa capacidade. Em 2011 voltou a registrar um bom volume de água, mas nos anos seguintes, chegou a ficar em situação crítica. 

Em março de 2023, o Ceará está com 34,8% de água acumulada nos açudes monitorados pela Cogerh.

O reflexo desse cenário é que em fevereiro de 2020, o açude estava com apenas 6,40% do volume acumulado, conforme informações do Portal Hidrológico. 

Em 2023, em janeiro, o açude estava com 78,17% da capacidade. Já no início da quadra chuvosa, em fevereiro, o volume era de 83,27%. 

Abastecimento

As águas do Cachoeira são utilizadas em Aurora para abastecimento humano por adutora da sede do município e das comunidades da Agrovila. Além de ser usado também para abastecimento de comunidades circunvizinhas e irrigação. 

Nas redes sociais a Prefeitura de Aurora destacou que o Cachoeira sangrou “trazendo a certeza de que o abastecimento de água da cidade está garantido por anos vindouros”.

Segundo a publicação, o fato “fez com que o sangradouro se transformasse em um ponto turístico para muitas pessoas”. Mas, a gestão ressalta que é preciso ressaltar os cuidados com a visitação pois “o sangradouro não foi projetado para a recepção de pessoas”.

A Prefeitura diz ainda que “sangria do Cachoeira traduz riqueza e tranquilidade hídrica para habitantes e produtores de Aurora”.

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