Ceará antecipa vacinação contra gripe, e Fortaleza inicia aplicação nesta terça (1º); veja público-alvo

Municípios que já receberam as doses podem começar a vacinar nesta segunda (31); imunizante protege contra três tipos de cepa

Escrito por
Nícolas Paulino nicolas.paulino@svm.com.br
(Atualizado às 15:02)
Mulher de máscara no rosto segura criança enquanto enfermeira aplica vacina
Legenda: Vacina é recomendada para crianças a partir de 6 meses de idade
Foto: Thiago Gadelha

O Ceará iniciou, nesta segunda-feira (31), a vacinação contra a influenza (gripe). A data antecipa em uma semana o começo da estratégia nacional, programada oficialmente para o dia 7 de abril. Na prática, municípios cearenses que disporem dos imunizantes já podem iniciar a aplicação nas unidades básicas de saúde. A meta é vacinar 3,66 milhões de pessoas em todo o Estado.

A informação é de nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Segundo o documento, a vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos.

“Recomenda-se garantir a vacinação oportunamente, sobretudo no período de sazonalidade, assegurando alta cobertura vacinal em grupos de alto risco nos próximos dois meses (abril e maio) no Estado do Ceará”, ressalta.

800 mil
doses do imunizante foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao Ceará.

Fortaleza recebeu cerca de 62 mil doses da vacina e, a partir de amanhã, 1º de abril, todos os postos devem imunizar o público prioritário, segundo informações da assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SME). O imunizante também estará disponível nas salas de vacina dos Vapt Vupt Antônio Bezerra, Messejana e  Papicu, com funcionamento das 8h às 16h.  

 

Historicamente, o Ceará sai na frente nesse processo devido ao aumento de casos de gripe pela sazonalidade das chuvas, que difere de Estados do Sudeste e do Centro-Sul. A quadra chuvosa cearense ocorre de fevereiro a maio e, nesse período, ocorre aumento de diagnósticos e internações pela doença.

O dia “D” de divulgação e mobilização nacional ocorrerá em 10 de maio.

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Quem deve se vacinar?

Neste ano, a vacina passa a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes

A vacinação contra influenza também ocorrerá como estratégia especial para os grupos prioritários. Uma novidade é a inclusão também dos trabalhadores dos Correios para a vacinação. 

Além desses grupos, devem se vacinar:

  • puérperas
  • indígenas
  • quilombolas
  • trabalhadores da saúde
  • pessoas com deficiência permanente
  • adolescentes em medidas socioeducativas
  • população privada de liberdade
  • funcionários do sistema prisional
  • pessoas com comorbidades
  • professores
  • agentes das Forças Armadas, Forças de Segurança e Salvamento
  • pessoas em situação de rua
  • caminhoneiros
  • trabalhadores de transporte coletivo rodoviário
  • trabalhadores portuários

Contra quais vírus a vacina protege?

Conforme Instrução Normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas trivalentes utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2025 deverão apresentar três tipos de cepas do vírus influenza em combinação:

  • A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
  • A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2)
  • B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria)

A administração é injetável e intramuscular. A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação

Qual é a meta de vacinação?

O Ministério da Saúde (MS) explica que o objetivo da campanha é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação de rotina contra influenza: crianças, gestantes e idosos com 60 anos e mais.

Quem não pode tomar a vacina?

O MS descreve como contraindicação a administração da vacina influenza em crianças menores de 6 meses de idade e em pessoas com história de anafilaxia grave após doses anteriores.

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