Após fim de greve, Uece divulga calendário de reposição das aulas
Professores suspenderam paralisação, mas continuam em estado de greve para garantir atendimento das demandas
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) publicou, nesta sexta-feira (21), o calendário de reposição das aulas após professores e professoras da instituição decidirem suspender a greve, na última quinta-feira (20).
A reposição começa na próxima segunda-feira (24) e segue até o dia 18 de setembro de 2024 para os docentes que aderiram à paralisação.
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O calendário de reposição terá uma pausa de sete dias em julho, entre os dias 8 e 14 do mês, "para o gozo de 7 dias de férias". A partir do dia 15, as férias são suspensas para professores que paralisaram as atividades durante os meses de greve.
O calendário de reposição ainda deve ser submetido à aprovação do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão e após isso será publicado no site da Uece.
Segundo a Uece, a reposição das aulas segue lei federal que determina as Diretrizes e Bases da Educação Nacional "sobre a obrigatoriedade do cumprimento de 100 dias letivos em cada semestre e ao Projeto Pedagógico do Curso (PPC) que estabelece a carga horária das disciplinas dos cursos de graduação que deve ser cumprida em sua totalidade para a devida integralização dos créditos pelo(a) estudante".
Manutenção do estado de greve
Apesar da suspensão da greve, os docentes permanecem em "estado de greve". Isso quer dizer as atividades podem ser paralisadas novamente caso não haja cumprimento do acordo firmado.
"A freve poderá retornar caso os docentes em assembleia avaliem que ocorreu descumprimento do acordo firmado com o Governo Estadual ou se as mesas de negociação se mostrarem infrutíferas. A mesa de negociação quanto a pauta salarial inicia no dia 17 de julho e segue até novembro", diz o Sinduece.
"É necessário que a categoria se mantenha em alerta e mobilizada porque ainda há muito a conquistar, haja vista que haverá uma mesa (de negociação) para tratar da questão da reposição salarial. Continuamos, portanto, em atividade em defesa dos nossos direitos. O que não foi conquistado ainda será pauta em nossas mesas de negociação junto ao Governo do Estado, e a questão salarial terá uma mesa específica para tratar dessas questões, reforçando assim, mais uma vez, a necessidade de nos mantermos mobilizados para avançarmos mais em conquistas", afirma Nilson Cardoso, presidente do sindicato.