Morre Rosa Magalhães, carnavalesca com mais títulos no Sambódromo, aos 77 anos

Além da carreira carnavalesca, Rosa ainda atuou como cenógrafa, figurinista e diretora de arte

Escrito por Redação ,
Rosa Magalhães morre aos 77 anos
Legenda: Rosa Magalhães ficou conhecida como a Dama do Rio de Janeiro
Foto: reprodução/Hora 1

A carnavalesca Rosa Magalhães, conhecida como a Dama do Rio de Janeiro, morreu na noite dessa quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de um infarto. Rosa se dedicou por 50 anos à festa, colecionando sete títulos no Sambódromo carioca.

Além do trabalho como carnavalesca, Rosa atuou como cenógrafa, figurinista e diretora de arte. Também chamada de professora, ela recebeu uma homenagem da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), que lamentou o falecimento e citou a história deixada por ela.

O primeiro título de Rosa Magalhães foi pela Império Serrano, ao lado de Lícia Lacerda, com o enredo "Bum Bum Paticumbum Prugurundum", um dos mais famosos até a hoje. A vitória ocorreu em 1982.

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"Fica aqui a nossa gratidão por tudo que você fez pelo Carnaval, pela contribuição na nossa história e à arte", afirmou a direção da Império Serrano em nota após a confirmação da morte.

Já na Imperatriz Leopoldinense as vitórias vieram em 1994, 1005, 1999, 2000 e 2001, fechando um ciclo de 16 anos na escola. Em 2013, Rosa ganhou o último título da carreira na Vila Isabel, ao lado de Alex Varella, com o enredo "A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um". 

Carreira como carnavalesca

Rosa era artista plástica, com três graduações, em pintura, cenografia e indumentária. Ela foi professora da Escola de Belas Artes da UFRJ, mas entrou para o mundo do samba em 1970, por meio do então professor Fernando Pamplona, para o Salgueiro.

Naquele mesmo ano, ela começou a carreira como assistente e já no ano seguinte a escola foi campeã. Em 1987, por exemplo, mais uma vez ao lado de Lícia Lacerda, elas sacudiram a Sapucaí com "Ti-ti-ti do sapoti", levando a Estácio ao quarto lugar.

A carnavalesca também venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.

Já em 2016, ela foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio. A festa teve Martinho da Vila cantando "Carinhoso" e o samba como principal ritmo. 

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