Dias antes de morrer, Nana Caymmi teve 'overdose de opioides', revela irmão
Cantora estava internada no Rio de Janeiro desde agosto de 2024, e sofria com problemas de coração e condições agravadas pela obesidade.
A cantora Nana Caymmi, que morreu nesta quinta-feira (1º), sofreu uma "overdose de opioides" dias antes, na data de seu aniversário de 84 anos, na última terça-feira (29), segundo revelou o irmão Danilo Caymmi. A artista passou nove meses em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sofria com problemas de coração e condições agravadas pela obesidade.
“[Foram] Nove meses de UTI, muito difícil. Chegou em consequência de várias coisas, mas, basicamente, obesidade”, indicou Danilo em entrevista à GloboNews.
Conforme o irmão de Nana, ela já havia colocado marcapasso no coração e também sofreu uma infecção óssea e problemas nos pulmões. "Foi até uma benção para ela acabar com esse sofrimento que estava passando", desabafou Danilo.
Nana estava internada desde agosto de 2024 na clínica São José, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve de tratar uma arritmia cardíaca.
"O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que já teve. Uma técnica apurada, sentimento. Ela era muito emotiva, e carregava isso para dentro da música, com uma categoria enorme”, definiu o irmão, Danilo Caymmi.
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Trajetória de Nana Caymmi
A artista, nascida Dinahir Tostes Caymmi, nasceu no Rio de Janeiro em 1941, e é a primeira filha dos cantores Stella Maris e do baiano Dorival Caymmi. Conforme informações do jornal O Globo, O pai já era famoso, e ainda ganhou como irmãos os também músicos Dori e Danilo.
Ela foi a inspiração para que Dorival escrevesse a letra de uma das principais canções de ninar para crianças brasileiras. Chamada de 'Acalanto', a música tem versos como "boi, boi, boi, boi da cara preta/ pega essa menina que tem medo de careta".
Durante a vida, Nana chegou a ser casada algumas vezes, incluindo os cantores e compositores Gilberto Gil e João Donato. Dona de declarações fortes, autênticas e, por vezes, polêmicas, em 1973, a artista se definiu em uma entrevista ao O Globo