Com vendas de leques a 'caipirinhas', comerciantes no Carnaval de Fortaleza garantem renda extra nos festejos
Secretária da Cultura de Fortaleza, Helena Barbosa reforça que o aumento de polos pela cidade conseguiu acolher mais trabalhadores
No Centro de Fortaleza, os ambulantes que ocuparam a Praça dos Leões, na tarde desta terça-feira (4), celebraram não apenas a folia, mas também o retorno financeiro que veio com a festa. A descentralização do Carnaval, iniciativa da Prefeitura de Fortaleza, espalhou diversos polos de diversão pelos bairros e, com os blocos, fez circular também a economia criativa.
O vendedor de adereços Daniel Paulino viu seu estoque sumir ao longo dos dias. Os leques foram os primeiros a serem escolhidos pelos foliões. "O pessoal se abana, passa o calor... Esse ano, o leque foi o carro-chefe", disse.
Com um investimento inicial de R$ 2 mil, ele percorreu polos como Benfica, Aerolândia, Messejana e Praça do Ferreira, garantindo um lucro que já superou os custos.
Para além da venda de leques, o Carnaval também teve retorno para quem escolheu comercializar bebidas. Yara Maria, que vende caipirinhas com a família, apostou nos sabores tropicais e viu a demanda crescer. "Está ótimo, supriu as expectativas", celebra.
No entanto, em entrevista ao Diário do Nordeste, manteve o mistério sobre o faturamento. Ao todo, seu investimento foi de R$ 5 mil.
Já no Mercado dos Pinhões, o aumento do fluxo foi sentido diretamente pelos estabelecimentos. Graziela Ribeiro, sócia do bar Cravo & Canela, viu o movimento crescer 15% por dia durante a festa e precisou reforçar a equipe. Para dar conta da demanda, contratou três pessoas extras: uma na limpeza e duas na cozinha.
“No Carnaval, com a Prefeitura colocando uma atração boa, o público melhora. Quem segura o movimento do Mercado dos Pinhões são os bares, e nesse período tivemos um retorno muito bom”.
Crescimento das vendas com a descentralização
A Secretária de Cultura de Fortaleza, Helena Barbosa, falou sobre o impacto financeiro da descentralização para a economia de Fortaleza. Segundo a titular da Pasta, os números ainda estão sendo levantados, por pesquisadores, mas já há sinais claros de crescimento.
“Quando você aumenta um polo, aumenta também o circuito da economia criativa. Ambulantes que antes não conseguiam espaço nos polos centrais hoje estão espalhados por toda a cidade", destaca.
O menor dos polos credenciou 20 vendedores, um sinal de que a festa se expande e acolhe mais trabalhadores. Com isso, o Carnaval descentralizado consegue levar não apenas a folia para os bairros, mas sustento para muitos ambulantes.
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