Veja quem são os técnicos de Paulo Guedes que já deixaram o governo

Quinze nomes já deixaram a equipe econômica desde 2019, sendo as 4 últimas demissões anunciadas na última quinta-feira (21)

Escrito por Redação ,
Legenda: Instabilidade na equipe de Guedes ocorre após o mesmo ter falado na possibilidade de furar o teto de gastos para financiar o Auxílio Brasil
Foto: Agência Diário

A equipe formada pelo ministro da Economia Paulo Guedes vem perdendo membros desde 2019. Na noite da última quinta-feira (21), quatro novos nomes anunciaram a saída do ministério.

A debandada ocorre em meio a desentendimentos sobre um possível furo do teto de gastos para financiar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. 

Ao todo, 15 técnicos já deixaram a equipe econômica do governo Bolsonaro, seja por demissão ou por exoneração. Só em 2021, sete nomes anunciaram a saída do governo. 

Veja também

Os secretários de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt deixaram a equipe econômica na última quinta, alegando motivos pessoais. 

Os secretários-adjuntos dos respectivos cargos, Gildenora Dantas e Rafael Araujo acompanharam os técnicos pela mesma razão, segundo nota divulgada pelo Ministério da Economia. 

Veja lista dos nomes que já deixaram a equipe de Paulo Guedes: 

Bruno Funchal 

O ex-secretário do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, estava no Ministério da Economia desde janeiro de 2019, até pedir demissão em outubro de 2021. 

Ele começou no governo como diretor de programas e, após pedido de demissão de Mansueto Almeida em junho de 2020, foi promovido ao cargo de secretário do Tesouro.  

Em maio de 2021, ele assumiu o cargo de secretário especial de Fazenda, que foi posteriormente transformado em secretário especial de Tesouro e Orçamento.  

O ex-ministro do Planejamento, Esteves Colnago, aceitou o convite para assumir o cargo de Funchal nesta sexta-feira, 22. 

Jeferson Bittencourt 

O ex-secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, também pediu demissão em outubro de 2021 após uma estadia de mais de dois anos no Ministério da Economia.  

Ele começou como diretor de programas e depois se tornou secretário especial adjunto da Fazenda. Em junho de 2020 se tornou assessor especial no Ministério e, um ano depois, assumiu o cargo que ocupava até a última quinta-feira. 

Gildenora Dantas 

A ex-secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, pediu demissão acompanhando Bruno Funchal em outubro de 2021. 

Ela estava no governo desde 2019, inicialmente como subsecretária de contabilidade pública. 

Rafael Araujo 

O ex-secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também acompanhou a saída de Jeferson Bittencourt. 

Ele fazia parte da equipe do Tesouro Nacional desde 2019, inicialmente como coordenador-geral de estudos econômico-fiscais 

Waldery Rodrigues 

Ex-secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues fazia parte da equipe original de Paulo Guedes.  

Ele deixou o governo em abril de 2021, em meio a desentendimentos entre o governo e o Congresso Nacional devido à aprovação do Orçamento da União de 2021. 

André Brandão 

O ex-presidente do Banco do Brasil André Brandão entrou na equipe de Guedes em setembro de 2020, por indicação do Ministério da Economia. 

Ele renunciou ao cargo em maio de 2021. A demissão ocorreu após Bolsonaro demonstrar insatisfação com o anúncio do Banco do Brasil de fechar agências pelo país e abrir dois Programas de Demissão Voluntária em janeiro. 

Wagner Lenhart 

Wagner Lenhart deixou o cargo de secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal em março de 2021. Ele foi um dos responsáveis pela elaboração da proposta da reforma administrativa. 

Paulo Uebel 

Ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel deixou o governo em agosto de 2020 junto com o então secretário especial de Desestatização, Salim Mattar.  

Conforme informações de bastidores na época, saiu por insatisfação com o andamento da reforma administrativa. 

Salim Mattar 

O ex-secretário especial de Desestatização Salim Mattar fazia parte da equipe original de Guedes, mas deixou o governo em agosto de 2020.  

Ele é presidente da Localiza, rede brasileira de lojas especializadas em aluguel de automóveis. 

Caio Megale 

Caio Megale deixou o cargo de diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda em julho de 2020.

Ele era integrante da equipe original montada por Guedes, inicialmente como secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. 

A saída do ministério foi motivada por motivos pessoais, segundo o próprio. 

Rubem Novaes 

Rubem Novaes foi anunciado como presidente do Banco do Brasil ainda em 2018, durante a transição de governo, indicado pelo próprio Guedes. 

Ele deixou o cargo em julho de 2020. Segundo informações de bastidores, a saída foi motivada por uma insatisfação ao perceber que a instituição não seria privatizada.   

Mansueto Almeida 

Mansueto Almeida já era secretário do Tesouro Nacional no fim da gestão do governo Michel Temer e continuou na equipe de Guedes. 

A saída foi anunciada em junho de 2020 e, em seguida, assumiu o economista Bruno Funchal, que também saiu do governo agora. 

Marcos Troyjo 

O ex-secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo foi integrante original da equipe montada por Guedes.  

Ele saiu do governo em maio de 2020, para assumir a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics 

Marcos Cintra 

Marcos Cintra entrou na equipe de Guedes em janeiro de 2019, assumindo o cargo de secretário da Receita Federal.  

Ele foi demitido do posto em setembro de 2019, um dia após o então secretário-adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, falar na criação de um imposto nos moldes da antiga CPMF.  

A declaração desagradou ao Palácio do Planalto e levou à retirada de Marcos da equipe. 

Joaquim Levy 

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy foi o primeiro a deixar a equipe de Guedes, ainda em junho de 2019. 

Ele havia sido uma escolha pessoal de Guedes para o BNDES, por ser considerado um nome bem avaliado pelo mercado.

Levy pediu demissão um dia após Bolsonaro dizer à imprensa que ele estava com 'a cabeça a prêmio', porque o presidente queria que ele demitisse o então diretor de Mercado de Capitais do BNDES. 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados