Lula busca diálogo com Trump às vésperas da taxação e defende soberania em minérios

O discurso do presidente foi feito durante inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra

(Atualizado às 07:18, em 29 de Julho de 2025)
Lula durante discurso
Legenda: A tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros é mais que o dobro da média global
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula (PT), durante evento nesta segunda-feira (28), ao falar sobre as taxas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump, disse que espera diálogo. As tarifas, se seguirem o anúncio do norte-americano, devem entrar em vigor no dia 1º de agosto.

“Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil. E eu vou fazer aquilo que, no mundo civilizado, a gente faz. Tem divergência? Tem. Senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos tentar resolver. E não de forma abrupta, individual, tomar a decisão de taxar em 50%", disse.

O discurso do presidente foi feito durante inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra. No evento, o chefe do Executivo brasileiro ainda defendeu a soberania do País sobre seus minerais críticos e afirmou que as riquezas do País serão usufruídas pelo povo brasileiro. 

Lula criticou ainda o crescente interesse dos Estados Unidos nesses minerais e disse que as empresas privadas poderão pesquisar o território nacional, mas “sob o nosso controle”.

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Conforme o colunista Gerson Camarotti, do G1, Lula estaria disposto a conversar diretamente com Trump sobre as medidas anunciadas. O presidente teria avaliado, porém, que essa conversa só aconteceria se Trump atendesse uma ligação dele diretamente.

TARIFAS DE TRUMP

A tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros é mais que o dobro da média global. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (28), Trump declarou que "a tarifa mundial ficaria em algum lugar na faixa de 15% a 20%".

No fim de semana, o presidente confirmou que as novas tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto e não haverá adiamento.

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