Brasil nega pedido da ONU para arcar com hospedagem de delegações na COP30

Polêmica sobre o preço das hospedagens em Belém continua

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 15:54)
Foto de estrutura construída para a COP30
Legenda: Evento ocorre em novembro em Belém
Foto: Raphael Luz/Ag. Pará

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o Brasil consiga subsídios para trazer nações mais pobres para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) em Belém, no Pará. Contudo, a solicitação foi negada pelo governo brasileiro. 

"O governo brasileiro se posicionou dizendo que já está arcando com custos significativos para a realização da COP. Por isso, não há como arcar com subsídio para delegações de outros países", disse a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, ao g1. 

Nesta sexta-feira (22), a 80 dias para o início da COP30, o Brasil divulgou que apenas 47 dos 196 países previstos estão com hospedagem e presença confirmada para o evento.

Nova reunião discutiu o preço da hospedagem em Belém 

Nesta manhã, os representantes das delegações se reuniram com a organização do evento para discutir sobre as atuais condições de estadias e sobre os pedidos feitos pelos países. O encontro ocorreu na ONU. 

Há semanas, o governo federal enfrenta pressão internacional por conta do alto preço das hospedagens em Belém, que, segundo os relatos, são abusivas,

A Casa Civil e a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop) informaram que uma das demandas ainda em alta é o aumento do subsídio de diárias.

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O orçamento base das diárias das delegações subsidiadas pela ONU é de 140 dólares (R$ 758) para arcar com despesas de alimentação e hospedagem. Com a alta demanda em Belém, o secretário do Turismo no Ceará chegou a oferecer hospedagens em Fortaleza.

Hospedagens confirmadas

Conforme a organização da COP30, 39 países fecharam hospedagens no site do governo federal.

Outros oito fizeram acordos diretamente com hotéis: Egito, Espanha, Portugal, República Democrática do Congo, Singapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega.

"A gente acredita que muitos países estavam esperando a reunião de hoje do bureau (responsável por questões de gestão de processos.) para ver o que traríamos de como respostas. É uma inferência nossa. A ideia é termos um grupo de pessoas para ligar para os pontos focais dessas delegações para saber o que está acontecendo e como podemos ajudar", disse o secretário extraordinário, Valter Correia. 

 

 

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