Quinto eliminado do BBB 24, Vinicius Rodrigues relata como perdeu a perna aos 19 anos
O brother sofreu um acidente em Maringá, no Paraná
Quinto eliminado do BBB 24, na terça-feira (23), Vinicius Rodrigues já contou publicamente como perdeu a perna em um acidente, em Maringá, no Paraná, quando tinha 19 anos.
Ele trabalhava na oficina mecânica de uma seguradora quando resolveu dar uma volta na hora do almoço e aconteceu o acidente. “Um carro me fechou. Estava a 60 km por hora. Bati e fiquei sentado no canteiro. Voei em câmera lenta, lembro de tudo. Eu girei. Braço quebrado, perna dobrada na bunda. Joguei a perna para frente e tentei levantar, mas não consegui. Percebi que minha perna estava mole. Estava de calça, mas senti o estrago, vi que minha perna tinha quebrado. Tive fratura exposta. Minha perna explodiu, a pele que segurou”, contou o brother, em entrevista ao “Mini Podcast”.
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Vinicius ainda relatou que na hora não sentiu dor por conta da adrenalina. “Fui para o hospital, com hemorragia, perdi muito sangue, fiquei amarelão. O médico me disse que tinha que cortar a perna. Ele disse que se tentasse reconstruir, ia ter que cortar minha bunda, e eu falei: ‘Não vai cortar minha bunda não. Mete a faca nisso aí’. Melhor perder perna do que a vida. E ele cortou na altura do joelho”.
O atleta tem 29 anos atualmente, e na época ficou três dias na UTI. Já no quarto, recebeu a visita da atleta paralímpica Terezinha Guilhermina, recordista mundial e deficiente visual.
“Ela me deu um moletom que usou nas Olimpíadas de Pequim. A gente tinha amigos em comum, da mesma igreja, e esse amigo que fez a ponte. Eu usei aquele moletom por três dias, e ele me fez virar a chave rapidão. Sempre fui bobão, de brincar e ali eu tive que ser positivo. Quando minha mãe chegou no hospital, eu brinquei: ‘ih, mãe, perdi uma perna’. O humor ajudou. Eu não tinha do que reclamar. Eu tinha ganho uma segunda chance”.
Ainda no hospital, Vinicius assistiu a um vídeo de um atleta correndo de prótese e mandou uma mensagem no Instagram para o recordista paralímpico mundial Alemão. "Falei: ‘perdi minha perna, estou no hospital. Como eu faço para correr?’ Ele me respondeu e me ajudou. Estava no hospital e já tinha desenrolado a minha prótese. Fui para São Paulo, com tudo pago. Coloquei a prótese. No quarto mês, eu já estava ao lado do homem correndo e falei: ‘agora ninguém me pega’. E logo consegui um patrocínio".