Em tour de 'Renaissance', Beyoncé traz setlist inovadora e artefatos tecnológicos: veja análise
A cantora surpreendeu com um tanque de guerra, um cavalo prateado gigante, robôs e até um figurino que mudava de cor
A última quarta-feira (10) foi marcada pelo retorno de Beyoncé aos palcos com a turnê 'Renaissance'. Sob os olhares de todo o mundo, a estrela pop entregou uma performance arrebatadora com potência vocal, efeitos megatecnológicos, figurinos poderosos e uma superprodução em quase três horas de espetáculo.
A primeira cidade a receber a turnê mundial foi Estocolmo, na Suécia. Fãs que acompanharam a cantora na Friends Arena e também por meio das redes sociais se surpreenderam com uma playlist inovadora de 35 hits, com direito a referências a Madonna, Britney Spears e The Jackson 5.
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O início da nova era da estrela norte-americana do Texas segue como um dos assuntos mais comentados nos trends do Twitter no Brasil e no mundo.
O Diário do Nordeste acompanhou todos esses detalhes e trouxe uma análise dos momentos de auge da apresentação de Queen B que você precisa saber.
Elementos tecnológicos
Os elementos tecnológicos escolhidos por Bey foram um show à parte. Na estrutura gigantesca que fez a Friends Arena ficar pequena, a cantora surpreendeu com um tanque de guerra, um cavalo prateado gigante, robôs com leques, braços robóticos e até um figurino que mudava de cor com ajuda de luz ultravioleta.
Era como se cada detalhe do palco estivesse milimetricamente calculado, como já é de costume para os padrões da estrela.
Em um dos pontos ápice do espetáculo, ela entoa o sucesso 'Black Parade' surgindo em cima de um tanque de guerra, todo metalizado, em direção ao centro do palco com "a ordem para marchar".
No 'gran finale', Beyoncé sobrevoou sobre a multidão, montada em um cavalo voador, repleto de brilho, arrematando o público já em ecstasy com o hit 'Summer Renaissance'.
Setlist inovadora logo no início do show
Sempre surpreende e imprevisível, Beyoncé inovou também ao trazer uma setlist dividida em 7 atos, com músicas românticas e de ritmo mais lento abrindo o show.
"Dangerously in Love", foi a faixa escolhida para o primeiro acorde da cantora, seguida de "Flaws and All", 1+1", "I'm Goin' Down", cover de Mary J. Blidge, e "I Care".
Esse primeiro ato foi, de longe, um dos mais emocionantes para Bey. Em "Flaws and All", ela chega a interromper a música por segundos para segurar a emoção. Era como se ela sentisse a energia de cada fã saudoso após 7 anos desde a última turnê solo, a 'Formation Tour'. As baladinhas românticas caiam como um abraço na plateia.
Referências a Madonna, Britney Spears e The Jackson 5
No espetáculo arrebatador, Beyoncé também aproveitou para homenagear outras grandes divas do pop como Madonna, Britney Spears e o grupo The Jackson 5.
Enquanto o público cantava junto a plenos plumões o hit "Love on Top", Bey incluiu um medley de “I Want you Back”, um dos grandes sucessos do The Jackson 5, grupo do início do estrelato de seu ídolo Michael Jackson.
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A rainha do pop Madonna foi celebrada em "Break My Soul (The Queens remix)", faixa que apresenta o sample de"“Vogue", com direito a muita coreografia e bailarinos em uma sintonia incrível.
O trecho instrumental icônico de "Toxic", um dos maiores hits de Britney Spears, foi tocado durante a transição para a faixa "Thique". A plateia, em polvorosa, comemorou como se dissesse a Beyoncé que ela sabe como fazer os fãs de pop felizes.
Cirurgia no joelho e coreografias mais contidas
Um dos pontos de maior repercussão do show foi a coreografia. Alguns fãs apontaram nas redes sociais que a cantora apareceu de forma mais contida durante os passos de dança, se comparado aos padrões da diva, que desde o início da carreira entregou coreografias icônicas.
Os boatos de que ela teria realizado uma cirurgia no joelho ganharam força após o show. Segundo os fãs, ela parecia estar com um joelho machucado, já que não realizou diversos passos de dança que são "assinaturas" dela na performance.
Além disso, em março, Chris Martin, vocalista da banda Coldplay e amigo pessoal de Beyoncé, afirmou em entrevista a um podcast que ela teria se submetido a uma cirurgia recente no joelho e estaria, então, se recuperando de uma lesão.
Ainda durante a estreia da nova tour, os fãs alegaram que a estrela pop parecia estar com o pé machucado. Nas redes sociais, também resgataram os rumores de uma cirurgia secreta no pé, que surgiram há quatro meses, em janeiro.
Aclamação da crítica
Para a crítica de diversos veículos conceituados da imprensa internacional, Beyoncé traduz de forma poderosa o renascimento do mundo pós-pandemia com o álbum 'Renaissance'.
Para o The Guardian, a turnê possui "uma multiplicidade de significados, acenando para o retorno de Beyoncé e também para o rejuvenescimento pós-pandemia da sociedade".
Em 'Reny', como o álbum foi apelidado pelos fãs, a diva traz referências das pistas de dança dos anos 1990 e é uma celebração à cultura negra.
Com a vibe disco, house e dance, passeando pelos afrobeats, o trabalho também é visto como o "renascimento de clássicos da música afro".