Terreno de escola em reconstrução é invadido em Fortaleza
Polícia Militar foi chamada ao local, no bairro Monte Castelo, para desmobilizar ocupação.
O terreno de uma escola estadual de Ensino Médio na avenida Sargento Hermínio, no bairro Monte Castelo, em Fortaleza, foi invadido por um grupo de pessoas na manhã desta sexta-feira (24). O espaço tem promessa de reconstrução desde 2023, mas não recebeu movimentação de obras nos últimos meses.
Imagens recebidas pelo Diário do Nordeste mostram homens retirando a vegetação daninha com enxadas e, em seguida, fazendo marcações de lotes com cordas onde antes ficava a Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Dona Creusa do Carmo Rocha.
Um agente de segurança pública que passou pelo local, mas pediu para não ser identificado, confirmou à reportagem que observou “pessoas dentro do terreno e com divisórias demarcando seus espaços”.
Com a movimentação, moradores da região acionaram a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), e a Prefeitura de Fortaleza.
Por volta de 10h, um destacamento com mais de 15 de viaturas da Polícia Militar do Ceará (PMCE) - incluindo do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), especializado no controle de distúrbios - compareceu ao local para desmobilizar a invasão.
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Reforma paralisada
O espaço invadido, em frente ao Polo de Lazer da Sargento Hermínio, sediou as atividades da EPP até 2023. A unidade de ensino estava no local desde 1976, mas foi realocada temporariamente para o prédio do Sesi, na avenida Francisco Sá.
Porém, conforme informações do Diário Oficial do Estado (DOE), a reconstrução da escola foi paralisada por determinação da Diretoria de Fiscalização de Obras e Gestão Regional da Superintendência de Obras Públicas (SOP).
A interrupção, válida desde 21 de janeiro de 2024, foi solicitada pela própria empresa executora, que apontou conflito entre os projetos estruturais das fundações da quadra e do prédio anexo.
Terreno será cercado e terá vigilância
O Diário do Nordeste questionou a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) sobre o andamento da requalificação do espaço.
Em nota, a Pasta informou que adotou as providências com relação ao fato ocorrido no terreno da escola, acionou os órgãos de segurança e declarou que será colocado novo tapume e vigilância.
Com relação à reconstrução, a obra segue em fase de “preparação para retomada”. “Um novo processo licitatório será realizado para contratação da empresa responsável pela continuidade dos serviços, e a previsão é que a obra seja retomada no primeiro semestre de 2026”, declarou.
Isso porque, segundo a Seduc, a empresa vencedora do processo licitatório desistiu do contrato em abril de 2025, “após não conseguir cumprir os serviços previstos”. Diante disso, a secretaria “adotou todas as providências cabíveis, incluindo a aplicação das sanções administrativas pertinentes”.
O novo prédio será construído no mesmo terreno da antiga sede, no modelo de escola vertical, contando com laboratórios, biblioteca, auditório, quadra poliesportiva e outros espaços voltados à formação dos estudantes.