Fortaleza tem o maior volume de chuva acumulado, para março, em quase meio século

Choveu quase o dobro da média histórica na Capital cearense

Escrito por André Costa , andre.costa@svm.com.br
Legenda: As ruas mal drenadas ganham forma de piscina ou lago; e os carros param, quebram e boiam
Foto: Fabiane de Paula

A Capital cearense atingiu, neste mês, uma expressiva marca. Este foi o março mais chuvoso desde 1973, ano em que a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) começou a monitorar os registros pluviométricos do Estado.

Ao longo destes 31 dias, o volume acumulado médio em Fortaleza foi de 638,4 milímetros, o que representa quase o dobro da média histórica (324.1 mm). Até então, o maior índice havia sido registrado em 1986, quando a Capital teve acumulado de 617,4 mm. Os dados foram extraídos na tarde desta quinta-feira (31) do portal da Funceme.

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Fortaleza também ostenta o posto de cidade que mais recebeu chuvas neste mês, seguida pelos municípios de Granjeiro (551,7 mm) e Várzea Alegre (551,5 mm), ambos no Cariri cearense; e Guaiúba (507,9 mm) e Palmácia (491,2 mm), ambos na região do Maciço de Baturité.

Início de 2022

Os dois primeiros meses do ano foram de cenários distintos em Fortaleza. Janeiro fechou com chuvas 156% acima da média. Naquele mês, a Funceme contabilizou volume de chuva acumulado de 300,6 mm. A média, para o período, é de 117,1 mm.

Já o mês passado foi de chuvas abaixo da média - assim como ocorreu em quase todo o Estado. A Capital cearense teve volume acumulado de 149,8 mm, o que representa 8,2% abaixo da média histórica, que é de 163,2 milímetros.  

Mais chuvas

O mês de abril deve começar tal qual encerrou março: com chuvas. Para esta sexta-feira, dia 1º, a Funceme prevê chuvas em todas as macrorregiões, "podendo essas ser de intensidade moderada a forte e com maiores acumulados".

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Já para o sábado, a tendência é de mais chuva nos extremos (sul e litoral), enquanto nas demais regiões, espera-se chuvas isoladas.

Conforme o órgão, em geral, "as chuvas esperadas ocorrerão em virtude de áreas de instabilidade oriundas do oceano Atlântico devido a proximidade da ZCIT, bem como em razão de efeitos locais, como temperatura, relevo e umidade".

 

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