Vendas da Amazon no Ceará crescem 66% em 2022; resultado ficou acima da média nacional

Em 2021, empresa inaugurou centro de distribuição em Itaitinga que possibilitou entregas na Região Metropolitana de Fortaleza em até um dia

Escrito por Carolina Mesquita , carolina.mesquita@svm.com.br
Legenda: Inaugurado em 2021, o centro de distribuição da Amazon em Itaitinga foi exatamente uma aposta da empresa para deixar os produtos mais próximos dos clientes.
Foto: Fabiane de Paula

A operação do centro de distribuição da Amazon no Ceará, inaugurado em outubro de 2021, vem impulsionando de forma significativa a plataforma no Estado. Em 2022, as vendas do site cresceram 66%, acima da média nacional de 38%.

O resultado foi revelado pelo diretor de marketplace da Amazon, Ricardo Garrido, em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste.

O executivo explica que, com a pandemia, a adoção do e-commerce acelerou cerca de 10 anos no Brasil e os consumidores mudaram alguns hábitos. Um deles é a expectativa de receber o produto adquirido em poucos dias.

"As pessoas passaram a comprar produtos que elas estavam acostumadas a comprar no comércio de rua, em supermercado, como bens de consumo, itens de limpeza, itens recorrentes, pela internet. Isso aumentou muito a demanda pelo e-commerce", esclarece.

O centro de distribuição da Amazon em Itaitinga foi exatamente uma aposta da empresa para deixar os produtos mais próximos dos clientes. O equipamento é o segundo inaugurado na região Nordeste, que já concentra 19% das vendas do marketplace.

O maior investimento que a gente tem feito desde que a Amazon chegou no Brasil tem sido em infraestrutura. O efeito é enorme, porque hoje a gente consegue entregar em até um dia nas regiões metropolitanas e em até 2 dias em uma região um pouco maior. Isso faz com que a gente tenha resultados muito expressivos de venda".
Ricardo Garrido
Diretor de marketplace da Amazon

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Vendedores parceiros

Além de focar na logística de entregas, a Amazon também tem adotado como estratégia o incentivo a vendedores parceiros. Garrido argumenta que o princípio do e-commerce é oferece o maior catálogo possível para o cliente e que, mesmo uma grande varejista como a Amazon, não consegue oferecer tudo.

"A beleza do marketplace é completar a seleção, a oferta de produtos aos clientes com uma infinitude de produtos que vem de vendedores de todos os lugares do País e do mundo", destaca.

A Amazon contabiliza mais de 50 mil vendedores parceiros atualmente, dos quais 99% são pequenas e médias empresas.

O diretor da companhia ressalta o impacto econômico para os empreendedores de menor porte que, ao se tornarem parceiros da Amazon, conseguem expandir o alcance dos itens e ter acesso a soluções de logística, por exemplo.

"Isso significa que, em primeiro lugar, o nosso cliente tem muito mais diversidade de produtos; em segundo, o próprio empreendedor consegue transcender suas limitações básicas do pequeno negócio, a principal sendo a restrição geográfica. Ao entrar em um marketplace você consegue levar o seu produto, que às vezes é único, para um alcance nacional", detalha Garrido.

Um dado que atesta o crescimento do raio de cobertura de um negócio hospedado no marketplace da Amazon é que 67% das vendas de parceiros vão para fora do estado em que essas empresas estão sediadas.

Cooperação estadual

No início deste mês de junho, o Governo do Ceará e a Amazon assinaram um acordo de cooperação para impulsionar pequenos negócios.

Garrido recorda que a multinacional já possui um viés educacional que fornece capacitação aos empreendedores parceiros.

"A gente vai apoiar com divulgação, capacitação e comercialização dos produtos dessas empresas através da amazon.com.br.", afirma.

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