Malwee do Ceará vai ser a 2ª maior do País

Escrito por Redação ,
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A Malwee pretende chegar a mil funcionários até 2013. A nova unidade já conta com 80 trabalhadores

Com expectativa de gerar 2.400 empregos até 2013, a catarinense Malwee Malhas inaugurou a primeira parte do projeto industrial que será instalado em Pacajus (a 51 km de Fortaleza) nos próximos três anos. A unidade que começou a operar ontem terá até 350 trabalhadores diretos, dos quais 80 já estão produzindo. Após a conclusão de todo o plano industrial, que já teve obras iniciadas, a Malwee no Ceará será a segunda maior do País, com produção inferior apenas à sede, de acordo com o administrador da empresa, Guilherme Weege.

"A ideia é contratar de 30 a 50 pessoas por mês", revela. Segundo o administrador, o estímulo do Governo de Estado e a vocação industrial de Pacajus foram fundamentais para a escolha da cidade. "Procuramos uma cidade com cultura industrial e com pessoas comprometidas com trabalho. Além disso, tem a questão logística, pois as vendas na região Nordeste estão crescendo muito", avalia. A expectativa da Malwee é ter até fim de 2011 até 1000 funcionários. Em 2013, com todo o plano industrial executado, a unidade produtiva terá 40 mil m².

Qualificação

Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Francisco Zuza de Oliveira, as parcerias para criar mão-de-obra qualificada visando atender a demanda das indústrias tem sido importante para atrair empresas. "A Adece vem fazendo parcerias para fornecer mão-de-obra qualificada. Essa é um experiência interessante na formação de profissionais. Estamos muito felizes com mais um indústria instalada, que representa um avanço no parque têxtil do Ceará", diz.

No caso da Malwee, as parcerias para ter trabalhadores qualificados disponíveis também foi fundamental. O Programa de Capacitação em Rede (PCR), criado e desenvolvido pelo Instituto de Educação Portal (IEP), ONG que se dedica à capacitação e inserção de jovens da escola pública e de baixa renda, atendeu à urgente necessidade da Malwee. O Governo do Estado e a empresa convocaram o IEP para celebrar parceria. A Malwee emprestou 80 máquinas de costura da mais alta tecnologia e o Governo concedeu o material didático.

O prefeito de Pacajus, Pedro José Philomeno Gomes, também comemorou a chegada da Malwee no município. "É uma nova etapa da industrialização de Pacajus. Outras empresas devem chegar em breve no município. A Malwee será bastante útil à população local", avalia o prefeit o de Pacajus.

Enquete
Oportunidade

"Comecei a trabalhar junto com a fundação da fábrica. A expectativa é grande para dar o melhor de mim no novo emprego."

Rafaela Ramos
Costureira

"Já tinha experiência com costura. Para mim, é uma grande satisfação voltar a trabalhar por que estava parada."

Selma Lima Silva
Costureira

"Há 15 dias estou trabalhando. Fiz o treinamento na própria empresa. Estava desempregada, enviei currículo e estou aqui."

Rose Sales
Costureira

EM PACAJUS
Usina de biomassa prevista

Pacajus também está ganhando outro empreendimento importante: a usina de biomassa que deve ser instalada no município ainda este ano, de acordo com o presidente da Adece, Francisco Zuza de Oliveira. O investimento da empresa Keter, da Eslovênia, já está sacramentado e deve gerar até 5 megawatts de energia advinda de produtos orgânicos, como "cama de frango" (esterco da ave que se espalha no chão do galinheiro), o bagaço do caju e o capim.

A Cialne, uma das maiores empresas avícolas do Ceará, fornecerá, diariamente, aos eslovenos 150 toneladas de "cama de frango" e produtores do entorno de Pacajus garantirão o fornecimento diário de 20 toneladas de capim. Além disso, indústrias de sucos fornecerão bagaço do caju e de outras frutas.

Segundo Oliveira, a usina deve ser útil para o funcionamento do plano industrial da Malwee e de outras empresas que devem se instalar no município. Atualmente, Pacajus possui 35 cartas de intenção para projetos que pretendem se instalar no município, das quais nove tiveram protocolos assinados. "A proposta do Governo é facilitar ao máximo a vinda de indústrias. Por exemplo, em Jaguaribe, já temos um polo industrial real, que faz com que o interior não dependa tanto do agronegócio, por consequência, do clima e outros fatores naturais", explica o presidente da Adece.

GUSTAVO DE NEGREIROS
REPÓRTER

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