Última superlua de 2024, 'Lua do Castor' ocorre nesta sexta (15); veja horário e como observar

Satélite fica maior e mais brilhante por estar perto do perigeu — ponto mais próximo da Terra em sua órbita

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Legenda: Interessados em observar o evento podem fazê-lo a olho nu, em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável.
Foto: Davi Rocha

A última superlua cheia de 2024 ocorre nesta sexta-feira (15), momento em que o satélite fica maior e mais brilhante por estar perto do perigeu — ponto mais próximo da Terra em sua órbita. A fase cheia do corpo celeste em novembro é conhecida como "Lua do Castor".

O momento exato em que o corpo celeste atinge o ápice varia conforme o fuso, mas no horário de Brasília ele brilha mais intensamente às 18h28. Segundo a astrônoma ligada ao Observatório Nacional (ON), Dra. Josina Nascimento, os interessados em observar o evento podem fazê-lo a olho nu, em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável. 

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Nesta sexta, o satélite estará a cerca de 361.867 quilômetros de distância da Terra, sendo que, em média, ele se encontra a aproximadamente 384.400 quilômetros. O ON explica que o fenômeno não é considerado superlua pela definição de distância, mas como acontece com a diferença de um dia e meio da data do perigeu, é superlua pela definição de tempo. 

'Lua do Castor'

Segundo o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Astronomia (Lepa) da Universidade Estadual do Ceará (Uece), a fase cheia do satélite em novembro recebe o nome de "Lua do Castor". O termo teria origem na estação do ano, conforme uma cultura popularizada nos Estados Unidos.  

O fenômeno recebe essa nomenclatura porque neste período do ano os castores se preparam para o frio com a construção de represas e formação de estoque comida, conforme o portal StarWalk.

A popularização dos termos está ligada ao Farmers' Almanac, livro usados nos Estados Unidos e tendem a ser uma mistura de nomes retirados de muitas culturas diferentes, como explica o laboratório da Uece.

O que é uma superlua?

A astrônoma do ON, Dra. Josina Nascimento, explica que o termo não possui uma base científica, sendo criado por um astrólogo chamado Richard Nolle, em 1979. Na época, ele determinou, em publicação na extinta revista Dell Horoscope, que a palavra "super" se aplicaria a uma lua cheia que ocorresse quando o satélite estivesse no perigeu ou até 90% próximo dele. Contudo, o motivo para essa escolha do percentual não é claro.

Por ser um termo não científico, há divergências entre as instituições astronômicas quanto à distância da Lua em relação à Terra que define uma superlua. 

Alguns consideram que superluas são aquelas luas novas ou luas cheias que ocorrem com o corpo celeste a uma distância da Terra de 360.000 km ou menor. Outros consideram pelo pouco tempo passado entre a data do perigeu (menor distância da Terra) e a data da Lua Nova ou Lua Cheia.

Ainda segundo Josina, o fenômeno pode ocorrer durante a fase cheia ou nova, perto do perigeu (ponto em que está mais perto da Terra), e aparece de uma a seis vezes por ano. No entanto, a distância entre a Terra e a Lua pode variar, já que a órbita lunar é elíptica, e não circular.

Assim, ao longo de sua órbita, a Lua ora se aproxima, ora se afasta da Terra. Quando está no ponto mais próximo do Planeta, é chamada de perigeu; já no ponto mais distante, é de apogeu.

Superlua em 2025

No próximo ano, o Observatório detalha que só acontecerão apenas três superluas ao longo do ano, sendo somente duas dela com o corpo celeste a menos de 360.000 km da Terra. A maior delas deve acontecer em 5 de novembro de 2025.

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