Grupo empresarial faz investimento multimilionário para ofertar energia por assinatura no Ceará
A empresa deve finalizar as obras das usinas até janeiro de 2025
A Comerc Energia iniciou, neste ano, o ciclo de investimentos de R$ 50 milhões para ofertar energia solar por assinatura no Ceará. Ao todo, serão 10 usinas de geração compartilhada, totalizando 10 megawatts. A entrega dos empreendimentos está prevista entre o fim deste ano e janeiro de 2025.
Os municípios ainda não foram divulgados. Serão gerados cerca de 100 empregos onde os equipamentos serão instalados, entre diretos e indiretos.
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As informações foram confirmadas pelo executivo responsável pela filial da empresa no Nordeste e fundador da Soma Energia, Paulo Siqueira, durante o Proenergia Summit 2024, na última quarta-feira (11), em Fortaleza.
“O modelo de geração distribuída é uma alternativa para consumidores que ainda não se enquadram no mercado livre para reduzir a conta de luz em até 15%, além de ser uma maneira mais simples de investir em energia solar porque não precisa comprar um painel solar, cuidar da operação e manutenção”, afirmou.
O que é energia por assinatura
O serviço de energia por assinatura é contratado por meio de uma de distribuidora de energia, responsável pela operação e manutenção dos parques fotovoltaicos.
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Por isso, não é necessário comprar os painéis para instalar no telhado de casa.
Funciona assim: o cliente aluga uma cota em uma das usinas da empresa fornecedora e paga apenas pela energia utilizada mensalmente. Aqui no Ceará, a fatura da energia gerada é enviada para a concessionária Enel.
O que é o mercado livre de energia
Na prática, o mercado livre de energia permite o comprador escolher o seu fornecedor e negociar condições de contratação, como prazos e tipo de fonte.
O setor existe desde 1996, mas, atualmente, está restrito aos grandes consumidores. Contudo, em setembro de 2022, foi publicada a portaria (n.º 50/22) que permite a migração de todos os clientes ligados em alta tensão, independentemente do volume de carga.
A regra entrou em vigor neste ano de 2024. Os consumidores residenciais e rurais, considerados de baixa tensão, continuarão comprando energia da distribuidora local.
Durante o evento Proenergia Summit 2024, o presidente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado (Sindienergia-CE), Luis Carlos Queiroz, destacou que esse é um "mercado promissor", com potencial de 10 a 20 mil clientes no Estado.