Fortaleza tem 11 empreendimentos aptos a novo financiamento de até R$ 2,25 milhões; veja bairros

Governo Federal ampliou teto de financiamento habitacional mirando a classe média

Escrito por
Mariana Lemos mariana.lemos@svm.com.br
(Atualizado às 09:53)
Foto aérea de área com prédios residenciais em Fortaleza
Legenda: Financiamento imobiliário pelo Sistema Financeiro de Habitação passa a abranger imóveis avaliados em mais de R$ 1,5 milhão.
Foto: Fabiane de Paula / SVM

O novo modelo de crédito imobiliário, que permite o financiamento de imóveis de até R$ 2,25 milhões, contempla 11 empreendimentos residenciais em Fortaleza e mais um em Caucaia, na Região Metropolitana.

Ao todo, são 344 unidades, das quais 48 estão localizadas em Caucaia. Visando atender a classe média, o Governo Federal subiu o limite de financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação, que era de R$ 1,5 milhão. 

Responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais do País, a Caixa Econômica Federal já está oferecendo crédito com o novo teto. 

Os imóveis de Fortaleza entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,25 milhões estão localizados na área mais valorizada da Capital, conforme levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon).

Um apartamento nos empreendimentos é comercializado a pelo menos de R$ 12,4 mil por metro quadrado. A título de comparação, o m² residencial de Fortaleza para venda é de em média R$ 8,7 mil.

A maior parte dos empreendimentos foi lançada recentemente e tem entre 3 e 4 quartos. 

VEJA OS BAIRROS ONDE HÁ EMPREENDIMENTOS ENTRE R$ 1,5 MI E R$ 2,25 MI EM FORTALEZA

  • Meireles - 4 empreendimentos 
  • Aldeota - 2 empreendimentos
  • Cocó - 2 empreendimentos
  • Diosínio Torres - 1 empreendimento
  • Engenheiro Luciano Cavalcante - 1 empreendimento
  • Fátima - 1 empreendimento

Além dos onze empreendimentos em Fortaleza, há um imóvel residencial nessa faixa em Caucaia. O condomínio de casas foi lançado em 2024 e tem metro quadrado avaliado em R$ 14,6 mil. 

MEDIDA VOLTADA PARA CLASSE MÉDIA

O economista Mario Monteiro avalia que a ampliação do teto de financiamento tem como objetivo primordial favorecer a aquisição de imóveis pela classe média, o que pode gerar um efeito positivo no segmento imobiliário. 

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“Pode ir além da construção, porque pega também o setor de reforma, já que pode aumentar a compra de imóveis usados também. Favorece a classe média e gera um efeito secundário, porque o sujeito que vende um imóvel usado, provavelmente vai comprar outro imóvel”, aponta.

Por que o estoque é baixo?

Em relação ao baixo estoque de empreendimentos nessa faixa de preço, o economista aponta que é um reflexo do achatamento da classe média em Fortaleza - acompanhando movimento nacional. 

“Hoje, você tem dois públicos. O do primeiro imóvel, que é classe C, D. E a classe A, que vai apostar em um imóvel de um valor maior. Para você ter um financiamento de R$ 2 milhões, vai ter uma prestação em torno de R$ 8 mil, não é toda classe média que tem condições”, avalia. 

NOVAS REGRAS DE FINANCIAMENTO

O Governo Federal anunciou, em 13 de outubro, uma série de mudanças para ampliar o acesso ao financiamento habitacional.

O crédito imobiliário deve receber injeção de R$ 20 bilhões, viabilizando o financiamento de 80 mil imóveis até o fim de 2026. 

Além de elevar o teto de empreendimentos financiáveis, o governo aumentou a cota máxima de financiamento para 80% do valor do imóvel. 

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