Ceará desenha parceria com banco europeu, com investimento de US$ 50 milhões
Parceria com o Banco Europeu de Investimento deve trazer verba para projetos cearenses, como é o caso do Ceará Credi
A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) está dando os primeiros passos para firmar uma parceria com o Banco Europeu de Investimentos (BEI). A união pode resultar em verba de pelo menos US$ 50 milhões para o estado do Ceará.
Uma primeira reunião entre o presidente da Adece, Francisco Rabelo, e o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Felix ocorreu nesta quarta-feira (2), no Web Summit 2022, maior evento de tecnologia do mundo, que ocorre em Portugal.
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Segundo Rabelo, vários projetos desenvolvidos pela Adece podem ser beneficiados pela parceria e o primeiro deles deve ser o Ceará Credi. A expectativa é que, com o investimento do BEI, o projeto possa dobrar a sua capacidade de atuação.
"O Ceará Credi tem uma capacidade hoje operacional de fazer 4 mil operações por mês, já atendeu mais de 45 mil pessoas na ponta. A gente pode estar duplicando a capacidade para fazer um novo Ceará Credi. Pode ajudar para a gente até não utilizar mais recursos do tesouro, só dos parceiros", projeta.
A Adece participa do Web Summit 2022 junto à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet). O Ceará é o único estado brasileiro compondo o Pavilhão Brasil do evento.
Mesmos ideais
O presidente da Adece considera que a parceria com o BEI deve trazer um incentivo para os programas já realizados no estado e inclusive fomentar a criação de novos projetos. Ele destaca que o vice-presidente do BEI se mostrou interessado na união.
"Quando se está falando de um banco europeu de investimentos, é um banco que tem a mesma missão que a nossa, de fomentar, de apoiar as instituições. Esse pessoal tem uma visão larga e podem estar ajudando com parcerias. A ideia é a gente colocar a Adece junto com esses novos parceiros que tem o desejo de melhorar a sociedade, além dos negócios para as instituições.", destaca.
Rabelo destaca que, para além do Ceará Credi, podem ser incentivados projetos relacionados a energia, hidrogênio verde, inovação e startups. O próximo passo é olhar para cada um desses programas que precisam de recursos para crescer para elaborar um plano de ação.
"Tá tudo em aberto para eles participarem. O que tem que ser feito é o que a gente está fazendo, ver como vai estruturar. Tudo pode ser feito, nós temos uma lição de casa para olhar para cada projeto desses que temos uma limitação de recursos para mostrar. Eles têm essa visão de nos apoiar e os projetos que a gente tem são do portfólio deles", ressalta.