Ari de Sá Neto: "Pandemia provocou transformação digital na educação básica"; confira entrevista

Diálogo Econômico: fundador e CEO da Arco Educação, startup cearense avaliada em US$ 1,4 bilhão, fala sobre a evolução do mercado e da empresa na pandemia e como as recentes transformações impulsionam o segmento

Escrito por Yohanna Pinheiro/Carolina Mesquita/Ingrid Coelho ,
Legenda: Ari de Sá Neto, fundador e CEO da Arco Educação, é o entrevistado desta semana do Diálogo Econômico.
Foto: Arte sobre foto divulgação

Ao mesmo tempo em que a interrupção das aulas presenciais, provocada pela pandemia, mexeu no 'core' dos negócios da Arco Educação, startup cearense avaliada em US$ 1,45 bilhão (cerca de R$ 7,7 bilhões), a corrida das escolas para se adaptar ao ensino remoto acelerou fortemente a transformação digital deste mercado - e com ela, novas oportunidades de negócios.

Não por acaso o empresário cearense Ari de Sá Cavalcante Neto, fundador e CEO que colocou a empresa na lista de unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) com a abertura de capital na bolsa americana Nasdaq, diz-se mais otimista hoje com o futuro da Arco do que antes da pandemia. "A oportunidade de crescimento que temos é ainda maior", aponta.

Com uma carteira de mais de cinco mil clientes, a plataforma de ensino continuou investindo no aperfeiçoamento de produtos e na aquisição de startups com soluções para o segmento e foco em demandas do século XXI, como habilidades socioemocionais e capacitação para a nova economia. 

No primeiro trimestre deste ano, lucrou R$ 61 milhões e observou um crescimento de 45,6% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Em entrevista ao Diálogo Econômico, Ari de Sá Neto explica que o mercado para as startups de educação nunca esteve tão aquecido como agora. A perspectiva é reforçada pela aprovação do marco legal das startups na Câmara dos Deputados, considerado um primeiro passo na direção para a construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento desses negócios.

Mas ainda é preciso avançar muito no País e no Estado para criar esse ecossistema - e a disponibilidade de capital humano é um fator essencial. O Ceará, ele lembra, já faz o mais difícil: forma estudantes altamente qualificados que alcançam as melhores universidades do mundo. O desafio é atraí-los de volta.

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Confira a entrevista completa:

A Arco chegou a um novo patamar após a abertura de capital na Nasdaq em 2018. O que motivou a escolha de uma bolsa estrangeira em vez da brasileira?

Por conta da General Atlantic (fundo de private equity), a gente começou a visitar diversas empresas e investidores dos Estados Unidos desde 2016. Fomos para o Vale do Silício, conhecemos algumas startups, conversamos com o banco de investidores público, mais no sentido de aprender mesmo. A General Atlantic, como nosso sócio desde 2014, estimulava muito que a gente tivesse uma visão de mundo mais alargada. 

E aí sempre estava fazendo ponte com empreendedores, com investidores. À medida que a gente conversava com investidores usando o nosso modelo de negócio, parecia muito natural para eles e semelhante a outros modelos de negócio que existiam lá nos Estados Unidos.  

Foi uma decisão construída aos poucos a partir dessas interações. Uma coisa que acontecia que era muito forte era como a gente aprendia com esses investidores, com as perguntas que eles faziam, com as sugestões que eles davam, com as comparações com outros negócios no mundo, na Índia, na China, nos Estados Unidos, que eles faziam.  

Então, além de falar do nosso negócio, esses eram momentos de muito aprendizado, muitos insights para a gente. Neste momento, obviamente, muito estimulados pela GA, a gente acabou decidindo por fazer o IPO lá. Por quê? Para estar exposto a esse ecossistema dos investidores mais sofisticados do mundo, de investidor de tecnologia.

Acho também que a Nasdaq tem as empresas de tecnologia mais emblemáticas do mundo. Outro detalhe que é importante é que a bolsa da Nasdaq tem uma liquidez muito maior. Então, quando você compra um free float, que é um capital em circulação menor, você consegue ter um giro muito maior do que na bolsa aqui.

Legenda: Arco Educação estreou no mercado de capitais com IPO na Nasdaq em 2018
Foto: Divulgação

A empresa já nasceu mais voltada para o mercado internacional?

Eu diria que não para o mercado de clientes. Mas do ponto de vista de investimento, sim. A gente nem falava com investidor brasileiro. A gente foi direto pra lá por conta dessa influência da GA.

E aí acabou criando esse relacionamento, conhecendo as pessoas, e pensamos em fazer na Nasdaq. Os investidores gostaram da nossa empresa, é uma bolsa que tem as empresas de tecnologia do mundo, tem mais liquidez, achamos que seria uma boa decisão fazer lá.

A empresa viu um crescimento acelerado em 2019, mas chegou 2020 e com ele a pandemia. Qual foi o impacto deste momento para a empresa e para o setor?

Eu acho que a empresa é muito consolidada e tinha historicamente um crescimento de 35% a 40% ao ano. Com a pandemia, as escolas fecharam, o Brasil é disparado o país em que as escolas de ensino médio estão fechadas há mais tempo.

Isso gerou, obviamente, um impacto econômico para as escolas, desde perda de alunos até uma necessidade de se configurar para o mundo de pandemia, quando elas não tinham realmente cabeça para pensar uma outra solução. Então, o que aconteceu?  

De 2020 pra 2021, a gente cresceu na receita mais de 20%. Agora, o mercado tinha uma expectativa de um crescimento ainda maior, dado o nosso histórico. E esse crescimento certamente foi freado pelo contexto da pandemia. Dentro das nossas escolas-clientes existe uma redução na quantidade de alunos.

Então, a gente cresce, porque a gente atrai mais escolas, e aí a gente lança novas linhas de produtos, mas um pedaço desse crescimento é reduzido, porque as escolas estão perdendo alunos e também porque há m uma dificuldade da escola em adotar novas soluções dado o cenário que elas estão vivendo. 

Para a gente ser justo, a empresa continua crescendo, saudável, ela é um negócio resiliente, porque as nossas soluções têm muita qualidade e são essenciais para o funcionamento da escola. Mas a gente obteve um crescimento inferior ao que a gente tinha de expectativa antes da pandemia.
  

A nossa expectativa, certamente, é que este é um momento circunstancial e não estrutural. É óbvio que com a vacinação agora dos profissionais de educação, o retorno das atividades normais, esses alunos todos vão voltar para a escola, certamente, e a gente já vê sinais de retomada muito claro.

Então, por exemplo, como as escolas já estão abertas, a gente já consegue dialogar com os mantenedores, com os profissionais de educação, e a gente começa a acelerar o nosso ciclo de vendas para o ano de 2022.  

A gente começa a sentir também o retorno dos alunos, principalmente da educação infantil, que estavam fora, para as escolas. Então, pensa em uma velocidade de crescimento muito alta. Esse crescimento foi, de alguma maneira, pausado pela pandemia. Ainda tivemos um crescimento muito saudável, de mais de 20%, e vamos ter um crescimento forte de 2021 para 2022.

A empresa continua extremamente lucrativa e agora, depois de mais de um ano de escolas paralisadas, a gente começa a sentir o retorno, tanto de escolas interessadas nas nossas soluções, quanto de escolas recebendo de volta os alunos.

A que você atribui este crescimento dos resultados da empresa no primeiro trimestre?

Este resultado é fruto do trabalho que a gente faz através das nossas soluções e da qualidade que a gente entrega para as nossas escolas. Então, isso é reflexo de uma fidelização altíssima de clientes, de escolas que a gente tem ao longo de todos os anos.

E isso também é fruto da força das nossas marcas e da capacidade que essas marcas e esses produtos tem de atrair novas escolas, porque esse crescimento vem da fidelização de clientes e da vinda de outros clientes que notaram os produtos da Arco.

Então, acho que certamente é fruto dessa confiança que é gerada pelas nossas soluções e pelas nossas marcas.

Como foi esse processo de implementar a educação remota? A Arco estava preparada?

A pandemia provocou uma transformação digital na educação básica que você não viu em um século. Da noite para o dia, as escolas precisavam de tecnologia.

A gente tinha essa tecnologia para dispor para as escolas, desde o conteúdo digital, uma ferramenta de transmissão de videoaulas, a possibilidade de fazer avaliações digitais, tarefas de casa digital, uma biblioteca de conteúdo que te permite fazer todo esse processo de educação digital e à distância.

Nós nos tornamos uma solução ainda mais essencial para a escola, dado que somente com a nossa plataforma e com a nossa tecnologia a escola conseguiu, durante esse tempo de pandemia, ministrar as suas atividades.

Os nossos níveis de satisfação, que a gente sempre mede com os nossos clientes, nunca estiveram tão altos. 

Eu acho que agora a oportunidade que a gente tem de crescimento é ainda maior do que antes da pandemia. Porque tinha muitas escolas que ainda optavam por usar livros didáticos impressos, tradicionais, e com a pandemia todo mundo foi obrigado a ir para o mundo da tecnologia e ver as vantagens de ter a tecnologia.  

Acho que um pedaço grande do nosso crescimento vem no futuro do aumento da penetração de soluções como as nossas dentro das escolas brasileiras.

Em síntese, a nossa tecnologia foi fundamental para as escolas, a gente já investia muito em tecnologia, mas tinha frustração, porque o nível de engajamento de escolas de alunos era baixo. E aí, de repente, o nível de engajamento multiplicou exponencialmente. 

E multiplicou tanto que a gente precisou acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias internamente e a gente fez isso tanto contratando mais profissionais para desenvolver novos produtos, mas também investindo em startups que tinham tecnologias específicas, seja de avaliação, de livros digitais, de gestão de aprendizagem.  

Desde o início da pandemia, a gente já investiu em três startups que estão nos ajudando também, na medida que elas são integradas à nossa plataforma, a entregar uma oferta de solução mais completa para a escola. 

Em síntese, em meio a grande aceleração e transformação digital, a gente conseguiu responder à altura. Precisamos acelerar o nosso desenvolvimento internamente com startups e a gente está vendo isso como uma grande oportunidade hoje pra aumentar a presença em escolas brasileiras.

Legenda: Segundo a professora Eloísa Vidal, a modalidade de ensino à distância facilita o acesso, especialmente da população do interior, à educação de nível de graduação.
Foto: Gustavo Pellizzon

Entre investimentos da Arco, estão a startup Tera (voltada à formação de profissionais para a nova economia) e a Escola da Inteligência (que trabalha com habilidades socio emocionais). Qual a estratégia da empresa nesses segmentos?

Quando a gente fala em educação básica, a gente está falando de educação infantil até o ensino médio, aí você tem 40 mil escolas privadas brasileiras. Hoje, a gente tem um pouco mais de 5 mil escolas usando as nossas soluções, o que dá menos de 15% do mercado.

E o que você vê hoje é uma transformação de muitas escolas. Como? Primeiro, sendo obrigadas a fornecer tecnologia; segundo, sendo obrigadas a ensinar não só as disciplinas tradicionais, o aspecto cognitivo, mas também as habilidades do século XXI

O que são habilidades do século XXI? Tem as habilidades socioemocionais, que são trabalhadas pela Escola de Inteligência; tem as habilidades de empreendedorismo, de cooperação, de empatia. Tem, por exemplo, como habilidade do século XXI, a própria língua estrangeira, que hoje se tornou muito mais essencial para o profissional ter sucesso. 

Nossa estratégia aqui é se tornar uma plataforma one stop shop, como se diz, que é, na nossa plataforma, a escola particular conseguir ter acesso a todas as soluções, desde o conteúdo tradicional com os nossos sistemas de ensino e as habilidades do século XXI, até eventualmente ter ferramentas para fazer uma gestão melhor.
  

Então, entre as startups que a gente investiu está a Estudos, que é uma startup especializada em avaliação. Ela faz provas de todas as séries dentro da sua plataforma, simulados e entrega diagnósticos para a escola, para o aluno, sobre onde estão as principais deficiências de aprendizagem para que você faça um plano de estudo personalizado. 

A gente tem a Escola da Inteligência, que é também nessa linha de expandir a oferta de conteúdo para escola particular além do tradicional. A gente tem também uma startup chamada WPensar, que é um software de gestão pra escola.

Outra startup que a gente adquiriu se chama Escola em Movimento. Ela é uma agenda digital, um aplicativo em que a escola consegue fazer toda a comunicação com a família. Aquela agenda impressa é substituída por uma agenda digital. Só que nessa agenda digital a família tem acesso às atividades diárias do aluno, às notas, ela recebe um comunicado de uma reunião, de um evento.

Então, você também está resolvendo uma dor relacionada a este aspecto da comunicação que está dentro da necessidade de gestão.

Agora a gente quer ajudar a escola não só no aspecto pedagógico, mas ajudar a escola a fazer uma gestão melhor dos seus processos. Essa é a estratégia: ser uma plataforma one stop shop. Eu chego lá e compro tudo, tem tudo.

Qual a tendência deste mercado para este e os próximos anos?

Conversando com as nossas escolas e os nossos clientes, a gente tem uma visão de que as famílias nunca valorizaram tanto o papel da escola. Nunca tiveram a visão de como a escola é importante no processo de socialização,de desenvolvimento e até mesmo pra equacionar a vida profissional das famílias e de ter um espaço em que você confie que o seu filho vai ser cuidado, que vai ter a oportunidade de aprender, de conviver, de crescer e de evoluir. 

Nesse sentido, eu acho que o mercado é muito promissor, acho muito que as famílias de maneira geral saem da pandemia valorizando mais ainda a educação. Eu acredito que para nós, da Arco, o fato do País adotar mais tecnologia e expandir a grade curricular nos ajuda muito.

Hoje, eu estou mais otimista do que antes da pandemia com as oportunidades de crescimento, dada essa transformação que está existindo por parte das escolas.

A Câmara dos Deputados aprovou o marco legal das startups e o texto segue para sanção. Como você avalia o desenvolvimento das startups a partir de agora?

Eu acho que tem uma mudança estrutural no ecossistema empreendedor brasileiro que é muito boa para o País e para a economia, e acho que o estado do Ceará poderia se aproveitar ainda mais, que é o seguinte: você tem um cenário de juros baixos, onde os grandes investidores não estão mais interessados em fazer aplicações financeiras e estão procurando investimentos na economia real. 

Esses investimentos na economia real, na maioria das vezes, estão ligados a startups, porque são empresas que têm muito potencial de crescimento. O financiamento para crescimento de startups nunca foi tão relevante no País e nunca se houve tanto acesso a capital do que hoje para startups.

E a startup em si traz uma série de coisas muito positivas para o ecossistema em que ela está inserida, desde a atração de talentos, inovação, pessoas com poder aquisitivo para poder movimentar a economia.  

É preciso um ambiente propício à atração de startups, e o marco legal entra nesse contexto. Ele é fundamental, porque você move muitas questões, não só a questão econômica, mas a educacional também.

As startups estão em busca dos talentos mais preparados, daqueles que têm habilidades relacionadas à nova economia. Acho que é preciso compreender que o impacto de um ecossistema forte de startups é imenso para uma economia e para uma cidade.  

Eu acho que o marco legal é um passo importante na construção desse ambiente, mas ele não é o único nem é suficiente. Acho que ele simplifica o processo burocrático, permite mais agilidade, elimina algumas amarras, mas não é suficiente.

Eu acho que deve haver estímulos tributários, de acesso a espaço de atração de talento, realmente de se criar uma infraestrutura onde o empreendedor da startup decida ficar naquele determinado local, porque, se ele decidir ficar ali, vai conseguir impactar o ambiente que está ao redor dele de uma maneira muito favorável.

Legenda: Startups do segmento educacional, chamadas edtechs, devem ter cenário favorável de desenvolvimento
Foto: Camila Lima

Seria oferecer condições que desempenhem o papel de um incubadora?

Eu acho que é mais do que as incubadoras. Por exemplo, hoje em dia, quando você pensa no que um empreendedor, o que ele está procurando quando vai decidir onde ele quer montar a startup dele?

Ele quer uma infraestrutura de tecnologia boa, um lugar onde tenha talento, segurança, um lugar onde tem qualidade de vida, onde tenha, eventualmente, incentivos tributários para poder montar o negócio.

Acho que é uma incubadora sim, mas é muito mais, é o ecossistema todo, com todos os aspectos que ele tá inserido.

O que as startups cearenses têm que não existe no resto do País? E o que ainda falta para melhorar esse ambiente no Estado?

Tem uma brincadeira que diz que o cearense é o judeu brasileiro. Ele tem uma capacidade muito grande de construir empresas relevantes em outros lugares e não tem o receio de migrar, de se deslocar.

Mas eu acho que o Ceará tem outra coisa também que é fundamental: a qualidade da mão de obra que o Ceará tem desenvolvido, tanto por conta da educação pública de qualidade, quanto por conta de ter a melhor educação particular do Brasil, é incrível. 

Há alunos cearenses que vão para as melhores faculdades, não só do Brasil, como ITA, IME, USP, UFC, como também do mundo. Você tem alunos indo pro MIT, para Harvard.

Esses alunos, esses jovens, estão indo trabalhar no Google, no Facebook, nos maiores bancos do mundo, nas maiores empresas de consultoria do mundo e alguns deles estão decidindo por empreender.  

Eu acho que tem que haver um esforço do Ceará como sociedade de atrair esses talentos de volta para que eles consigam iniciar suas empresas em Fortaleza, na nossa cidade. 

Eu acho que a gente conseguiu fazer o mais difícil, que é ser um Estado que forma uma mão de obra e um talento absolutamente diferenciado em termos nacionais por conta da qualidade da nossa educação. Mas tem que existirem estímulos para que esses cearenses retornem e empreendam na nossa cidade, no nosso Estado.

E qual o potencial para startups do segmento de educação no Brasil?

Tendo em vista a transformação digital nas escolas e na educação gerada pela pandemia, acho que esse setor nunca esteve tão aquecido. Você vê edtechs, como são chamadas as startups de educação, surgindo no mundo inteiro e no Brasil não é diferente.

Tem empresas de jovens empreendedores talentosos surgindo com o objetivo de resolver problemas educacionais através da tecnologia, seja na educação básica, seja no processo de formação profissional. 

Existe um conceito agora muito difundido mundialmente que é o conceito do life long learning, que é o aprendizado para a vida inteira. Hoje em dia, você não faz mais somente uma faculdade e acabou, você está o tempo inteiro aprendendo.

Tem muitas empresas de qualidade desenvolvendo formações de liderança, formações para a nova economia e a Tera é um exemplo de startup, de edtechs como essas, que a gente acabou de fazer um  investimento minoritário lá. Ela está formando profissionais em programação, em experiência de usuário, em tecnologia para as principais empresas do Brasil.

Acho que essa necessidade de formar o profissional nas habilidades da nova economia e em tecnologia certamente é um campo que tem muita oportunidade, porque as empresas precisam formar suas pessoas para os desafios que são diferentes hoje do que eram no passado. 

Qual conselho você daria aos empreendedores interessados em ter uma startup, sobretudo no segmento edtech?

Eu daria três conselhos. Acho que em primeiro lugar muito foco. Se você não se concentrar em um problema muito específico para ser resolvido, não tiver um foco grande sua área de atuação no início, é muito fácil você dispersar os seus esforços e a sua energia em várias iniciativas de acabar não dando certo.

O segundo conselho seria resiliência. É uma jornada muito difícil, você passa por muitos obstáculos, vai cair e precisa ter força para se levantar, resiliência é fundamental nessa jornada.

E a terceira coisa é: tente formar o melhor time possível sempre. Ninguém nunca faz nada sozinho. A capacidade de atrair e reter talentos dentro de uma startup é provavelmente o fator determinante para o sucesso dela. 

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