13º salário: especialista dá dicas de como aproveitar melhor o dinheiro extra
A diretora do Ibef Ceará, Darla Lopes, ressalta pelo menos quatro pontos importantes na hora de pensar em como utilizar o recurso
Com o 13º salário, muitas vezes, o trabalhador tem a única chance de conquistar aquilo que aguardou durante todo o ano. Pode ser um item de necessidade, o pagamento de uma dívida acumulada ou mesmo uma programação de lazer. A diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef Ceará), Darla Lopes, dá dicas de como aplicar melhor esse dinheiro extra, conforme cada realidade.
“É importante que o trabalhador verifique seu estado financeiro atual para aí, sim, destinar esse valor. Se a pessoa tá devendo, é interessante que ela destine parte desse recurso pra quitar dívidas, pagar parcelas em atraso, abrir o crédito novamente e começar a usar o crédito de uma forma mais consciente e responsável”, apontou Lopes.
Segundo a especialista, os principais fatores a ressaltar, a depender da situação financeira de cada pessoa, são:
- Avaliar situação financeira e quitar dívidas
- Criar regras para compras de fim de ano
- Organizar a fatia destinada aos gastos sazonais (pagamento de IPVA, matrículas escolares, etc.)
- Guardar dinheiro
“O brasileiro é muito festivo, gosta de presentear. Nesse sentido, é importante criar algumas regras pra esse momento, pra poder aproveitar e comprar os presentes de Natal, caso a pessoa tenha esse desejo”, ressaltou.
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Além disso, segundo a diretora do Ibef, é preciso reservar uma parte para os gastos que aparecem, normalmente, em janeiro. “É importante que as pessoas possam poupar parte desse recurso pra que não fiquem com problemas financeiros ou sem ter como pagar esses gastos referentes a matrícula escolar, IPVA, taxas com conselhos, seguros”, disse Lopes.
Após mapear a situação financeira, em caso de folga no orçamento, a recomendação é fazer um esforço para guardar parte do valor, gerando reserva financeira. “Se acontecer algum imprevisto, a pessoa já tem de onde tirar esse recurso”, frisou Darla Lopes. O ideal, segundo a especialista, é que a reserva corresponda a seis meses do valor que a pessoa precisa para pagar seus gastos mensais. E pesquisar como melhor aplicar o dinheiro.
Investimentos
Para quem pôde organizar as finanças durante o ano e pretende investir o recurso, a diretora do Ibef lembra que é importante levar em consideração o propósito do investimento e o grau de risco que se está disposto a correr.
“No momento de investir, é fundamental que a pessoa busque informação. Existe, hoje, muito conteúdo gratuito na internet, ou buscar profissionais habilitados pra orientar sobre quais produtos e serviços optar”, comentou.
Se o foco for garantir reserva financeira, o investimento deve ter alta liquidez, ou seja, no momento em que a pessoa precisar, o recurso deve estar disponível para retirada.
Já no caso de um investimento para médio e longo prazo, a especialista aponta que é necessário abrir mão da liquidez e buscar produtos que tenham uma rentabilidade melhor, de acordo com o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou agressivo.