Associação Peter Pan organiza vaquinha virtual para comprar novo caminhão de coleta de doações

O veículo usado atualmente já atingiu mais de 84.000 km rodados e precisa passar longos períodos na oficina mecânica

Escrito por Redação ,
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Legenda: O veículo usado até o momento já atingiu mais de 84.000 km rodados e precisa passar longos períodos na oficina mecânica
Foto: Arquivo

A Associação Peter Pan promove até o dia 31 de julho uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para a compra de um novo caminhão de coleta de doações. O veículo usado atualmente já atingiu mais de 84.000 km rodados e precisa passar longos períodos na oficina mecânica, o que dificulta a função de recolher as doações. Os interessados em participar da vaquinha podem doar a partir de R$25, por cartão de crédito, boleto, Pix e Paypal, na página da vaquinha

Os doadores que contribuírem com valores a partir de R$1 mil, terão seus nomes gravados na lateral do novo caminhão, para homenagear o gesto solidário. A meta estabelecida pela associação é em torno de R$150 mil. “É uma meta que para a gente é muito arrojada, a associação por si só não teria condições de arcar com esse montante e por isso a gente lançou a vaquinha”, explica Admara Pinheiro gerente de captação de recursos da Associação Peter Pan. 

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Legenda: O caminhão apresenta problemas, como buracos no piso do baú onde são levadas as doações, desgaste na instalação elétrica, peças enferrujadas, além de falhas na embreagem
Foto: Arquivo

O estado estrutural em que se encontra o veículo atual, ano 2014, revela a urgência da nova aquisição, isso porque o caminhão apresenta problemas como buracos no piso do baú onde são levadas as doações, desgaste na instalação elétrica, peças enferrujadas, além de falhas na embreagem. Essas complicações vêm se tornando empecilho para a efetividade da missão designada ao automóvel, visto que a Associação Peter Pan depende exclusivamente de doações.

Esse caminhão é fundamental, porque como a gente vive de doações, esse caminhão nos ajuda a coletar essas doações. As pessoas têm a vida muito corrida e às vezes não têm tempo de vir até a nossa sede"
Admara Pinheiro
Gerente de captação de recursos da Associação Peter Pan

Admara ainda destaca que, "com o caminhão, a gente coleta tanto doações grandes, por exemplo, de empresas que doam alimentos, como doações de pessoas físicas que doam seus móveis usados, seus eletroeletrônicos, roupas, calçados, brinquedos, e a gente roda com esse carro por toda a região metropolitana”.

Esses itens são, geralmente, roupas, móveis, eletroeletrônicos e alimentos. Esse último é destinado às cestas nutricionais distribuídas todo mês para crianças, adolescentes e famílias atendidas pela instituição. Os outros objetos são reaproveitados no bazar localizado dentro do Centro Pediátrico do Câncer, também conhecido como Hospital Peter Pan, e são postos à venda por preços populares.

“A gente revende esses itens para a própria comunidade onde a gente atua e para as famílias que nos visitam aqui. Isso é revertido também em recurso que depois é aplicado dentro do hospital e para manter os 16 programas sociais em funcionamento”, destaca. 

Para doar, basta entrar em contato por meio do telefone (85) 4008.4109, informar o endereço e marcar um horário para a coleta. Mais informações estão disponíveis no site e nas redes sociais da instituição.

A associação

Há 25 anos, a missão da Associação Peter Pan, sem fins lucrativos, envolve apoio e acolhimento a crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer infantojuvenil no Ceará e em parte do Norte e Nordeste. Em Fortaleza, a assistência tomou forma por meio da criação do Centro Pediátrico do Câncer, que recebe apoio profissional do Hospital Albert Sabin e ampara dezesseis programas sociais da instituição.  

Gustavo de Castro, 10, foi diagnosticado com leucemia aos 3 anos e já participou de vários dos projetos da associação, incluindo campanhas em que foi garoto propaganda. Depois de sete anos de tratamento, Gustavo é considerado curado pela medicina, sendo necessário apenas fazer o acompanhamento a cada 7 meses.  

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Legenda: Depois de sete anos de tratamento, Gustavo é considerado curado pela medicina
Foto: Arquivo

A mãe, Flaviana Gomes, 31, conta que passou dificuldades no início do tratamento do filho por não conhecer a Capital cearense, já que mora no interior, em Pindoretama. A dona de casa recebeu todo o apoio da Associação Peter Pan e lembra com carinho dos profissionais.

“Eu acho que aquele lugar é um lugar de amor. Eu acho que ali não é o remédio que cura, o que cura mesmo é o amor, o cuidado que todos tem com a gente porque são pessoas maravilhosas. Eu sou muito grata por tudo o que a gente passou ali. Até hoje, se a gente precisar, a qualquer momento, eles estão sempre conosco”, relata.

A instituição assiste cerca de 1.100 crianças por mês, com uma média de 4 participações infantis por programas sociais. Em 2020, foram realizadas 53.500 assistências. “A nossa missão principal é elevar o índice de cura dessas crianças e adolescentes e elevar também a qualidade de vida desses pacientes e das suas famílias”, reforça Admara.

 

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