Série O Oceano Começa Aqui aborda ancestralidade e pesquisas sobre os mares
Temas como preservação de comunidades tradicionais e projetos de pesquisa estão nas histórias contadas pela série
Com histórias de preservação e luta pelo reconhecimento da importância do mangue para a sociedade, João do Cumbe e Cleomar do Cumbe, ambos pertencentes ao Quilombo do Cumbe, são figuras que lutam para reduzir os impactos da poluição no ambiente onde vivem.
"A gente vem numa luta de defesa desse território e para dizer que esse território precisa ser cuidado", comenta Cleomar durante o 15º episódio da série documental “O Oceano Começa Aqui”, disponível no Youtube do Diário do Nordeste.
Artesã e pescadora, Cleomar coloca em prática as tradições de sua comunidade, sempre transmitindo uma mensagem da importância da união e resiliência das mulheres quilombolas, que atuam na preservação dos conhecimentos ancestrais.
João do Cumbe, que também é doutorando em História, reforça que a UFC realizou pesquisas na região e avaliou, por exemplo, que 67 espécies de peixes fazem a alimentação na área de manguezal, o que reforça a importância do ambiente para a preservação da cadeia alimentar.
Relações com o oceano
Dono de uma relação próxima com o oceano desde criança, o pesquisador Paulo Sousa levou a afinidade para o campo profissional. Professor adjunto do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) nos cursos de Oceanografia e Ciências Ambientais e professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), ele realiza pesquisas na orla cearense.
Em 2023, um levantamento mostrou que cerca de 86% dos resíduos que surgem nas praias de Fortaleza são materiais plásticos, que demoram centenas de anos para se decompor.
“A probabilidade de termos microplásticos no nosso organismo é muito grande", comenta o pesquisador, em relação a como a presença da poluição pode impactar na vida da sociedade.
Paulo Sousa participa do 16º episódio da série.