Registros de nascimentos no Ceará têm queda maior que a nacional entre 2021 e 2022, mostra IBGE
Houve redução de 5,6% no Estado, enquanto no Brasil o índice foi de -3,5% no mesmo período
No Ceará, Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais registraram o nascimento de 111,1 mil pessoas em 2022. Na comparação com 2021, quando houve 117,7 mil registros de nascimentos, houve redução de 5,6% no Estado, segundo dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27).
No contexto nacional, o Brasil teve uma queda de 3,5%. Mais de 2,6 milhões de pessoas nascidas em 2021 no País foram registradas naquele ano. Em 2022, foram mais de 2,5 milhões de registros de nascimentos — contabilizando, ao todo, 93.556 a menos.
Praticamente todos os estados brasileiros tiveram redução nesse período, com exceção do Mato Grosso e de Santa Catarina, que tiveram aumento de 1,8% e 2%, respectivamente.
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste teve redução percentual mais acentuada (-6,7%), e o estado que registrou maior queda entre todas as unidades da federação foi Paraíba (-9,9%).
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Ao comparar apenas os estados nordestinos, a menor redução de registros de nascidos vivos ocorreu no Ceará — apesar de o indicador do Estado ter sido cerca de 2 pontos percentuais mais alto que o nacional. Em seguida, aparecem Piauí e Bahia, ambos com redução de 5,8%.
Variação nas regiões do Ceará
Além do cenário geral do Estado, o IBGE também apresenta as mudanças em diferentes regiões do Ceará. A pesquisa aponta os registros na Capital e nas Regiões Metropolitanas de Fortaleza, Cariri e Sobral.
O destaque fica para a Região Metropolitana do Cariri, onde houve maior redução percentual dos registros de nascimentos. Foram 8.465 nascimentos em 2022, frente a 9.108 registrados em 2021. Dessa forma, a redução foi de 7,1%. Enquanto isso, tanto a RM de Fortaleza quanto a RM de Sobral tiveram a mesma redução percentual (-4,5%).
Segundo informações do Instituto, esse foi o quarto ano consecutivo com retração na quantidade de registros de nascimentos no País. O órgão também comparou os registros de 2022 com a média anual de registros no período de 2015 a 2019, cinco anos anteriores à pandemia de Covid-19. Com isso, foi constatada uma diminuição de mais de 326 mil nascimentos em relação a essa média — uma queda de 11,4%.
“A redução da natalidade e da fecundidade no Brasil, sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no País nos últimos anos”, aponta o documento.
Além dos registros de nascidos vivos, as Estatísticas do Registro Civil 2022 também apresenta dados sobre registros de casamentos e óbitos informados pelos cartórios, divórcios judiciais concedidos pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e divórcios extrajudiciais — que, com a Lei n. 11.441/2007, passaram a ser realizados pelos Tabelionatos de Notas, desde que não envolvessem filhos menores ou incapazes.