Pedreiro cearense morto em acidente na França tinha volta marcada e desejo de levar família ao país

Denilson trabalhava na construção civil em morava no leste francês

Escrito por Matheus Facundo , matheus.facundo@svm.com.br
foto de pedreiro cearense
Legenda: Denilson era natural de Mauriti, no Ceará
Foto: Arquivo pessoal

Um dos três brasileiros mortos em acidente de carro no leste da França era o pedreiro cearense Denílson de Sousa Amaro, 33 anos. Natural de Mauriti, no Interior do Estado, ele morava no exterior há alguns anos. O primo da vítima, Rafael Sousa, revelou ao Diário do Nordeste que o familiar tinha uma passagem para voltar ao Ceará em novembro e também nutria o desejo de levar a esposa e os dois filhos parar morar com ele fora do país. 

Rafael informou que a família aguarda contato com o Itamaraty para resolver os trâmites do traslado do corpo. 

"Devido à gravidade do acidente, estamos vendo, porque ainda vai ser feita autópsia. A batida foi tão forte que parece que jogou o motor do carro para fora", relatou o primo. 

Antes de ir para a França a trabalho, Denílson morava em Belém do Piauí (PI) com a companheira e os dois filhos. "Ele vinha agora em novembro para resolver algumas questões e aí aconteceu essa tragédia", comentou Rafael. 

"A gente foi criado junto, todos os primos. Éramos muito próximos", lembrou Rafael sobre Denílson. 

A reportagem solicitou informações ao Itamaraty sobre os procedimentos com os corpos dos brasileiros, e aguarda retorno. 

Acidente grave 

 O carro onde estavam o três brasileiros e um angolano estava a 180 km/h, em uma rodovia secundária no Saône da França.

Conforme as autoridades francesas, o acidente aconteceu à 1h30 do horário local (20h30 de domingo, no horário de Brasília) em uma estrada perto da cidade de Saône, onde as quatro vítimas, de idades entre 32 e 54 anos, viviam.

Além de Denílson de Sousa Amaro, as outras vítimas são os brasileiros Alexander Borges dos Santos, e Denivan de Paula Roberto, e Osvaldo Lima Monteiro, natural de Angola. 

O promotor Étienne Manteaux explicou que o acidente aconteceu quando o motorista "perdeu o controle", e o veículo, um Volkswagen Passat que circulava "muito rápido", bateu em uma árvore. O motor do veículo foi ejetado e o medidor de velocidade permaneceu "bloqueado em 180 km/h", em uma estrada com limite de 50 km/h.

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