Biometria confunde irmãs e barra uma delas na entrada de academia
Elane e Aline não são gêmeas, mas são sempre confundidas.
Quem nunca ouviu "você é a cara do seu irmão" está sendo irmão errado! As cearenses Elane Conde, de 34 anos, e Aline Conde, de 35, já ouviam essa frase desde a infância, mas, na última quinta-feira (20), "escutaram" do leitor facial da academia que as duas eram a mesma pessoa.
A situação aconteceu em uma academia no Bairro de Fátima, em Fortaleza, onde as irmãs treinam juntas.
"Eu fui para a academia com a Aline. Ela passou primeiro e aí apareceu o nome dela normal no leitor. Aí quando eu fui passar a máquina não me reconheceu, mas reconheceu a Aline de novo", contou Elane, em entrevista ao Diário do Nordeste. Ela acabou barrada.
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Em vídeo que registrou a cena, Aline se diverte enquanto a irmã Elane tenta fazer a leitura facial mais algumas vezes e não consegue passar pela catraca. "Como a catraca não liberou de jeito nenhum a entrada, a recepcionista abriu a portinha para eu entrar", disse Elane.
'Par de jarro'
As duas irmãs não são gêmeas, mas têm uma diferença de idade de apenas 11 meses, pois Elane nasceu aos 8 meses de vida. A irmã mais nova conta que na infância elas "eram confundidas o tempo todo" e que a mãe costumava vesti-las como gêmeas.
Apesar da semelhança física, Elane conta que as duas escolheram carreiras bem diferentes e que têm personalidades completamente distintas. Aline é jornalista e Elane é assistente social. "Quem conhece a gente de verdade diz que somos bem diferentes na aparência, em tudo", contou a caçula.
As duas moram juntas e recentemente também foram confundidas por uma vizinha, que há semanas conversava com Aline sem saber com qual das duas falava.
Quando perguntada se concorda sobre a semelhança entre as duas, a assistente social conta que não se acha parecida com a irmã mais velha e não gosta de ser confundida com ela. "Sinceramente, acho só a pele e a cor do cabelo parecidas. O resto acho bem diferente", disse Elane. "Eu realmente não esperava que uma máquina, de tecnologia, de biometria fosse confundir quem não é gêmea".
*Estagiária supervisionada pela jornalista Mariana Lazari.