Importação de eletrônicos cresce 75% no Estado

Dados gerais revelam alta de 77% na entrada de produtos no Ceará, no primeiro trimestre de 2018 ante o de 2017

Escrito por Redação ,
Legenda: Equipamentos para uso pessoal, como placas, processadores e computadores lideram entrada de eletrônicos pelo Pecém
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

A economia do Ceará já mostra sinais de reaquecimento após a recessão dos últimos anos. Já no primeiro trimestre de 2018, as importações pelo Porto do Pecém tiveram um incremento de 77% em relação ao mesmo período de 2017, com destaque para as máquinas e aparelhos eletrônicos. Nesse segmento, o aumento foi bastante similar, de 75% em relação aos três primeiros meses do ano passado. No período, foram importadas mais de 7,7 mil toneladas de aparelhos eletrônicos. Entre os produtos que mais entraram no Estado estão equipamentos de processamento de dados para uso pessoal, como placas, processadores, estabilizadores ou computadores já montados.

"De um modo geral as importações no Ceará tem crescido e isso é sinal da melhora da economia, que tem feito o mercado se recuperar. Assim, o empresário começa a investir e por consequência aumenta o consumo", disse Augusto Fernandes, CEO da JM Aduaneira, uma das maiores empresas de prestação de serviço logístico aduaneiro do Ceará. Atualmente, a companhia acumula 65% desse mercado no Estado.

Segundo Fernandes, a maior parte dos produtos eletrônicos que chegam pelo Porto do Pecém, cerca de 90%, vem da China ou de outros países asiáticos, com os itens mais "refinados", geralmente, dos Estados Unidos e da Alemanha.

Contudo, um dos setores que tem impulsionado a elevação das taxas de importação de eletrônicos, de acordo com o CEO da JM Aduaneira, é o de energias renováveis, considerando os equipamentos para geração fotovoltaica e eólica. "Hoje, 100% do setor de lógica para equipamentos eólicos é da JM Aduaneira e vemos que esse mercado está investindo bem", disse Fernandes.

Além das torres eólicas, conhecidas pelo formato de catavento, o Porto do Pecém ainda recebeu a importação de mil contêineres como equipamentos eletrônicos para geração de energia solar. A carga, no entanto, estava destinada para o Piauí e deve integrar o investimento de uma empresa internacional do setor elétrico.

Porta de entrada

"Tudo da Vale no Maranhão entra por aqui, por exemplo. Nós já temos a sorte de estarmos bem localizados geograficamente, mas isso deve melhorar ainda mais com as novas caminhos sendo abertos pela administração do Porto", comentou Fernandes, lembrando da nova rota comercial entre o Ceará e a Ásia, que deverá ter início no próximo mês de maio.

A perspectiva é que o novo ponto de conexão gere mais oportunidades de negócios para o mercado local, com empresas de estados vizinhos preferindo trazer os produtos pelo Pecém, contra portos no Sul ou Sudeste.

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