Veloso em família

No show "Ofertório", Caetano Veloso celebra com os filhos Moreno, Zeca e Tom os laços familiares e artísticos

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(Atualizado às 00:18)
Legenda: Caetano, Moreno, Zeca e Tom: pai e filho reúnem-se novamente em Fortaleza

Dono de assinatura única na história da música brasileira, Caetano Veloso também foi dado ao expediente das parcerias ao longo da carreira. Conseguiu, nas companhias mais notórias de Gil, Gal e Bethânia, construir uma fatia generosa desse legado artístico. Em 2017, quando celebrava 75 anos, o baiano optou por amplificar os encontros ao vivo. Entrou em cena "Ofertório", show especialmente montado com os filhos Moreno, Zeca e Tom.

A empreitada dos Velosos retorna à Capital cearense neste sábado (27), às 21h30, no Centro de Eventos. A turnê "Caetano Moreno Zeca Tom Veloso" visita grandes sucessos do patriarca, passeia por músicas inéditas inspiradas nos laços familiares e reúne composições e influências musicais das carreiras paralelas dos herdeiros.

"Há muito tempo tenho vontade de fazer música junto a meus filhos publicamente", detalhou Caetano através de longa carta explicativa sobre a reunião. Os quatro recuperam histórias pessoais e protagonizam um espetáculo pontuado pela delicadeza na construção dos arranjos.

Nas primeiras conversas, a ideia foi convocar um pequeno grupo de músicos para enriquecer a execução das canções. Durante os ensaios, o formato foi se moldando até atingir a atual proposta.

Amigos

Essa força repercute na presença de trabalhos como "Um passo à frente" (Moreno Veloso e Quito Ribeiro, 2005) e "How beautiful could a being be" (1997), samba de Moreno lançado por Caetano em disco há 20 anos. No leme dessa orquestra sincera e orgânica, Caetano atravessa as eras com "Alegria alegria", "O leãozinho" e "Um canto de afoxé para o bloco de Ilê". Integrados pelo sangue e pela dedicação ao cancioneiro.

Além dos temas "Reconvexo", "A tua presença morena", o repertório inclui uma cuidadosa seleção de releituras. São dessa leva "Força estranha" (Roberto Carlos), "Deusa do amor" (Olodum cover) e "Tá escrito" (Grupo Revelação cover). "Quero cantar com eles pelo que isso representa de celebração e alegria, sem dar importância ao sentido social da herança", frisa Caetano.

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