Entenda a história do dia 6 de janeiro, o que é comemorado e qual a simpatia para a data

Tradição foi trazida para a América Latina pelos colonizadores portugueses e espanhóis

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(Atualizado às 12:09)
Na data, é comum apresentações de diversos grupos em reisados
Legenda: Na data, é comum apresentações de diversos grupos em reisados
Foto: Divulgação/ Ícaro Silva / Arquidiocese de Belo Horizonte

O Dia de Reis, comemorado neste dia 6 de janeiro, tem origem na tradição católica que lembra o dia que Jesus Cristo, recém-nascido, recebeu a visita de três Reis Magos: Belchior, Gaspar e Baltazar. A data também é conhecida como o Dia da Epifania ou Teofania.

Conta a história que eles trouxeram do Oriente ouro, incenso e mirra para presentear Jesus. O ouro simbolizaria o poder, a mirra representaria a imortalidade e o incenso seria queimado em louvor ao recém-nascido. 

Os reis magos trouxeram presente do Oriente para Jesus
Legenda: Os reis magos trouxeram presente do Oriente para Jesus
Foto: Reprodução/X/Grok

As ofertas foram entregues quando ele já tinha um ano e meio de idade e estava sendo perseguido por Herodes. Jesus representava uma ameaça para o trono do todo-poderoso monarca, protegido dos imperadores romanos.

Rito trazido para o Brasil na colonização

A tradição foi trazida para a América Latina pelos colonizadores portugueses e espanhóis. De início, o Reisado chegou ao Brasil como uma festa. Havia as cantigas e a representação de romances com figuras de reis e mestres. Mas de uma forma ou de outra, o festejo sempre marcou entre os brasileiros a etapa final das comemorações natalinas, encerradas exatamente no dia 6 de janeiro. 

O período é marcado por crenças populares para um ano próspero. Além de desmontar o presépio e a árvore de Natal, é tradição também fazer a simpatia da romã e pedir coisas boas para o ano que se inicia.

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Junto com a celebração litúrgica, as folias ou reisados enriquecem a comemoração do nascimento de Jesus e a sua manifestação entre os povos.

Em artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, recordou a tradição de peregrinar no tempo do Natal realizada pelos grupos de Companhia de Reis ou Folia de Reis, cuja missão é anunciar de porta em porta o nascimento do Salvador.

“Os foliões são para nós a imagem do discípulo missionário que marca a vida de uma Igreja em saída, levando a todos sem distinção a grande mensagem: o Menino Deus nasceu e veio trazer para sua família, sua casa a paz e as bênçãos para que vivas feliz e colabore na missão de evangelizar”, escreveu o cardeal.

Simpatias de Reis

A romã é formada por uma polpa vermelha comestível e com inúmeras sementes
Legenda: A romã é formada por uma polpa vermelha comestível e com inúmeras sementes
Foto: Shutterstock

Uma simpatia comum realizada no Dia de Reis é com o uso da romã. É preciso retirar nove sementes de uma fruta, pedindo aos três Reis Magos, Baltasar, Belchior e Gaspar que nesse ano novo com muita saúde, amor, paz, dinheiro.

Em seguida, as nove sementes devem ser guardadas em um saquinho, papel, ou em uma nota de R$ 2.

Essas sementes ficarão dentro da carteira para nunca faltar dinheiro; três você engole e as outras três você joga pra trás fazendo o pedido que desejar.

Outra simpatia comum no Dia de Reis é a de escrever o nome dos três Reis Magos – Belchior, Gaspar e Baltazar – no batente superior da porta de entrada da casa, do lado de fora.

Após ato, o momento é o ideal de pedir a eles proteção, aponta a crença popular.

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