Fotorreportagem: no Dia de Iemanjá, um passeio pelas festas em homenagem à divindade na Capital

Celebrada nesta quarta-feira (2), data reverencia a Rainha do Mar, parte importante da história do Brasil e da África; tradição em Fortaleza festeja o momento em 15 de agosto

Escrito por Diego Barbosa , diego.barbosa@svm.com.br
Legenda: Bastante populares, os louvores dirigidos para Iemanjá também são realizados por pessoas de diferentes religiões
Foto: Natinho Rodrigues

Divindade do rio que deságua no mar, Iemanjá é lembrada nesta quarta-feira (2) no dia dedicado a ela. Em Fortaleza, a filha de Olokun, mãe de todas as cabeças e de todos os orixás, protagoniza anualmente grandes festas realizadas à beira-mar. O culto foi trazido para o Brasil pelos povos de origem iorubá, em fins do século XVIII até quase metade do século XIX.

A tradição na Capital, abarcando mais de meio século, é que as homenagens aconteçam no dia 15 de agosto. Conforme Jean dos Anjos – macumbeiro, artista, mestre em Antropologia e pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem da Universidade Federal do Ceará (UFC) – esse costume está ligado à tradição que ocorre no Rio de Janeiro, dia de Nossa Senhora da Glória. Aqui, a festa ocorre no mesmo dia de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Fortaleza.

Nessa data, as pessoas oferecem à Rainha do Mar diferentes mimos, entre sabonetes, velas, flores e perfumes. A crença é de que Iemanjá leva consigo para o fundo do oceano todos os nossos problemas e confidências, trazendo de volta sobre as ondas a esperança de um futuro melhor. 

O Diário do Nordeste oferece agora um passeio pelas comemorações em homenagem à divindade na capital cearense, atestando a fé e o alcance do momento. Os registros são de Bruno Gomes, João Luiz, José Leomar, Kid Júnior, Natinho Rodrigues e Silvana Tarelho.

 

Legenda: Em registro antes da pandemia de Covid-19, grande encontro para saudar Iemanjá
Foto: Bruno Gomes

Legenda: Festas costumam envolver danças, cânticos e rituais próprios
Foto: Bruno Gomes

Legenda: Iemanjá simboliza a energia geradora, força da natureza, a fecundidade e o amparo materno
Foto: Kid Júnior

Legenda: Concentração no litoral de Fortaleza para festejar Iemanjá
Foto: Kid Júnior

Legenda: No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, da Conceição, das Candeias, da Piedade e Virgem Maria
Foto: Kid Júnior

Legenda: Além de ser a protetora dos pescadores e jangadeiros, Iemanjá rege as casas e os lares das pessoas
Foto: Kid Júnior

Legenda: O nome Iemanjá significa a mãe dos filhos-peixe
Foto: Kid Júnior

Legenda: A senhora dos oceanos gosta de velas brancas, rosas ou azuis, champanhe, calda de ameixa ou pêssego, arroz-doce, manjar, melão e rosas brancas
Foto: Kid Júnior

Legenda: Para as religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, é Iemanjá quem decide o destino de todos aqueles que entram no mar
Foto: Natinho Rodrigues

Legenda: No Brasil, a deusa Iemanjá recebe diferentes nomes, dentre eles Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabô, Maria e Mucunã
Foto: Natinho Rodrigues

Legenda: As celebrações em homenagem a Iemanjá também acontecem em 15 de agosto, 8 de dezembro e 31 de dezembro
Foto: Natinho Rodrigues

Legenda: No ritual angola, as águas do mar são representadas por uma divindade equivalente chamada de Quissimbe ou Dandalunda
Foto: Natinho Rodrigues

Legenda: No rito jejê, esse mesmo tipo de deus aquático aparece com o nome de Abe, a estrela que caiu nos mares
Foto: João Luiz

Legenda: Do ventre de Iemanjá saíram vários orixás que são colocados como seus filhos; entre tantos, podemos citar Xangô, o deus do trovão
Foto: João Luiz

Legenda: Festa de Iemanjá em barraca na Praia do Futuro, em 2007
Foto: Silvana Tarelho