Venda da Lubnor pode ser concluída no 1º semestre de 2021

Privatização não deve gerar demissão do quadro de funcionários atual

Escrito por Redação ,
Legenda: Grepar Participações já afirmou que investiria R$ 360 milhões em 10 anos na Lubnor
Foto: Lucas de Menezes

As negociações para a venda da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) estão avançadas e devem ter um desfecho ainda no primeiro semestre de 2021. A Petrobras confirmou ontem (3) que recebeu propostas para a refinaria instalada no Ceará e outras três unidades da estatal.

A previsão é do consultor na área de petróleo e gás Bruno Iughetti, que revela que - até onde se sabe - as proponentes são empresas nacionais. "O que eu sei é que as negociações já estão bem adiantadas. Esperamos que no primeiro semestre seja feita a licitação".

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Ele descarta a possibilidade de desinvestimentos e desemprego, uma vez que a atividade do empreendimento continuará. "As empresas que estariam habilitadas vão dar continuidade aos negócios e, consequentemente, vão aproveitar a mão de obra existente".

Monopólio

Iughetti vê com bons olhos a venda de unidades de refino da Petrobras pela quebra do monopólio que ocorrerá com as mesmas. A Petrobras possui um plano de desinvestimentos que inclui a venda de oito refinarias até 2025, com expectativa de obter recursos importantes já em 2021.

"Com essa ação que está no plano de negócios da Petrobras, essas empresas continuarão exercendo as mesmas atividades. A Petrobras ficará restrita a uma parte desse bolo de negócio onde todos terão como desenvolver e alavancar mais os negócios. As empresas que assumirem vão buscar eficiência e com certeza darão novo dinamismo a essas refinarias", avalia.

Além da busca por maior produção e eficiência, o consultor aponta ganhos para toda a cadeia de distribuição de combustíveis e para o consumidor com o aumento da competitividade. "Vamos ter uma concorrência salutar entre empresas, o que tende a impactar o preço do petróleo processado com resultados muito próximos de benefícios concorrenciais. Porque hoje os preços são regulados somente pela Petrobras", ressalta.

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