Quem criou o Pix? Entenda a origem do método de pagamento
O recurso foi desenvolvimento pelo Banco Central (BC) entre 2019 e 2020
O Pix já se tornou, em março de 2022, o meio de pagamento mais utilizado pelo brasileiro, segundo o Banco Central (BC). A marca foi alcançada pouco mais de um ano após seu lançamento, em novembro de 2020.
Quem criou o Pix no Brasil?
O Pix foi desenvolvido pelo Banco Central e seu processo evolutivo, que inclui as especificações, o desenvolvimento do sistema e a construção da marca, se deu entre 2019 e 2020.
No entanto, a ideia do projeto surgiu no governo de Michel Temer. Ainda em 2016, o então presidente do BC, Ilan Goldfajn, sinalizou que a instituição se preparava para lançar uma ferramenta inspirada no Zelle, plataforma similar ao Pix nos Estados Unidos.
O grupo de trabalho Pagamentos Instantâneos do BC, entretanto, foi instituído somente em maio de 2018, com cinco subgrupos destinados a debater temas específicos como segurança e agilidade.
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O Pix pode acabar?
Independentemente do Governo em que o recurso foi lançado e dos que vierem a seguir, o Banco Central (BC) informa que a agenda evolutiva do Pix é permanente e prevê o lançamento de diversas novas funcionalidades, a serem entregues nos vários anos à frente.
O que é o Pix?
O Pix é o pagamento instantâneo brasileiro em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia, podendo ser realizado a partir de uma conta-corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
O recurso foi criado para ser um meio de pagamento amplo, podendo substituir qualquer pagamento ou transferência feito usando diferentes meios, como TED, cartão, boleto, entre outros.
Diferenças para outras transações
As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferência simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC), enquanto o Pix é mais uma opção disponível.
Uma das diferenças é que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix.
Outra diferença é que o Pix não tem limite de horário, nem de dia da semana e os recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos segundos. O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos.
Diferenças para boleto
Os pagamentos por boleto exigem a leitura de código de barras, enquanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code. A diferença é que, no Pix, a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da conclusão da transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.
Diferenças para cartão de débito
As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular, sem a necessidade de qualquer outro instrumento.
Por isso, o Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutura ter menos intermediários.
Benefícios do Pix
Para pagadores:
- Rapidez, segurança e baixo custo
- Agilidade
- Praticidade
- Possibilidade de integração a outros serviços no smartphone
Para recebedores:
- Baixo custo de aceitação
- Disponibilização imediata dos recursos
- Facilidade de automatização e de conciliação de pagamentos
- Facilidade e rapidez de checkout
Ecossistema:
- Eletronização dos meios de pagamentos
- Competição entre meios de pagamento
- Estímulo à entrada de fintechs e big techs
- Grande potencial de inclusão financeira
- Ambiente seguro