'Poison pill': após Elon Musk propor compra do Twitter, sistema de proteção a acionistas é acionado

O bilionário, que já é acionista majoritário da rede social, propôs comprar todas as ações

Escrito por Redação ,
A sede do Twitter fica em São Francisco, nos Estados Unidos
Legenda: A sede do Twitter fica em São Francisco, nos Estados Unidos
Foto: Sattalat Phukkum / Shutterstock

Após o bilionário Elon Musk se tornar acionista majoritário do Twitter, o conselho de administração da rede social adotou mecanismo nesta sexta-feira (15) para proteger os acionistas minoritários. As informações são do g1

A ideia é proteger a empresa, já que Musk propôs comprar todas as ações da rede social por US$ 41,5 bilhões. 

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A medida conhecida como 'poison pill' (pílula do veneno, em tradução livre) é chamada formalmente de "plano de direitos dos acionistas de duração limitada". 

De acordo com o Twitter, o objetivo da adoção do mecanismo é permitir que investidores "percebam o valor total de seu investimento".  O mecanismo vai vigorar até 14 de abril de 2023.

Assim, caso uma pessoa ou empresa adquira 15% ou mais das ações ordinárias do Twitter, os acionistas terão direito a comprar ações da companhia com desconto. 

A proposta, conforme Twitter, é que reduzir a possibilidade de que qualquer um obtenha controle da empresa sem pagar um prêmio a todos os acionistas ou sem análise do conselho. 

"O plano de direitos não impede que o conselho se envolva com as partes ou aceite uma proposta de aquisição se acreditar que é do melhor interesse do Twitter e de seus acionistas". 

Segundo plano

Durante o evento TED, nesta quinta-feira (14), Musk afirmou já ter um plano em caso de recusa do Twitter sobre a proposta de compra da rede social, mas não deu detalhes sobre o que pretende fazer.

Os detalhes, afirmou, ficarão "para outra hora". Nesta semana, o empresário fez uma oferta para adquirir a plataforma por mais de US$ 41 bilhões (cerca R$ 197 bilhões). 

Durante o evento, Musk afirmou não ter intenção de "fazer dinheiro" com a transação por considerar o Twitter como uma ferramenta para a liberdade de expressão.

"É realmente importante que as pessoas tenham a realidade e as percepções [sobre a realidade] e que elas sejam capazes de se expressar livremente nos limites da lei", disse, ponderando que a plataforma deve respeitar as legislações dos países. 

 
 

 

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