Pandemia e vacinação determinarão renovação de auxílio emergencial, diz Guedes
Para o ministro, se o País continuar a vacinação em massa, a reabertura da economia pode tornar desnecessária a prorrogação do auxílio
O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quinta-feira (27) que a eventual prorrogação do auxílio emergencial depende do ritmo de vacinação e da evolução da pandemia.
"O auxílio emergencial é uma arma que temos e que pode, sim, ser renovada. Se as mortes continuarem e as vacinas não chegarem, teremos que renovar. Não é o nosso cenário hoje, mas é uma ferramenta que pode sim ser renovada", disse, em participação em evento realizado pela Coalizão Indústria. Por Eduardo Rodrigues e Célia Froufe
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Para o ministro, se o País continuar a vacinação em massa, a reabertura da economia pode tornar desnecessária a prorrogação do auxílio.
"Se conseguimos vacinar 70% da população, com 100% dos idosos imunizados, não seria necessário estender o auxílio", afirmou.
Segundo Guedes, as eleições do ano passado ocorreram normalmente justamente porque havia uma convicção de que a pandemia estava arrefecendo.
Sem renovação de crédito
Paulo Guedes disse ainda que é preciso que os empresários entendam o momento crítico por qual passa o País, em função dos impactos da pandemia de coronavírus sobre a economia.
"Não é momento para renovação de crédito, pedida por algumas empresas"
Guedes não se aprofundou sobre exatamente a que segmento de crédito se referia, mas voltou a repetir que o governo de Jair Bolsonaro não dará espaço para fomentar "campeões" de vários setores, numa clara crítica ao governo do PT.
Para o ministro, o momento agora é de tentar ajudar as empresas de vários setores e, principalmente, de vários tamanhos.
Linha abundante de dólar
O ministro da Economia disse também que o governo tem trabalhado para destravar canais internacionais de crédito para os exportadores brasileiros.
"É preciso ter linha abundante e barata em dólar. Não pode faltar crédito para exportação", afirmou.
Segundo ele, desde que o ex-secretário especial de Comércio Exterior da pasta Marcos Troyjo assumiu a presidência do banco dos Brics, no ano passado, o volume liberado de crédito para os exportadores brasileiros saltou.
"Tínhamos US$ 700 milhões em crédito dos Brics e já passamos para US$ 5 bilhões em pouco tempo", completou.
Guedes disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está trabalhando com o Banco Mundial e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) para a disponibilização de linhas de crédito para exportações e importações, nos moldes do "Exim Banks" internacionais.
"O governo também está trabalhando na questão de garantias dessas operações", acrescentou.