Microcrédito do Ceará: confira quem pode pedir financiamento e quais são as principais condições
Financiamentos de R$ 500 a R$ 5 mil serão direcionados a micro e pequenos empreendedores, formais ou informais, com renda mensal até três salários mínimos (R$ 3.117)
A liberação de R$ 100 milhões para financiar micro e pequenos empreendedores cearenses durante a pandemia atenderá a pedidos de crédito de pessoas com renda mensal até três salários mínimos (R$ 3.117) e empreendedores individuais ou em grupo, informou a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
O recurso será operado pela agência por meio do programa Microcrédito Produtivo do Ceará, conforme anunciado com exclusividade pelo governador Camilo Santana ao CETV 2ª edição, nesta quarta-feira (31). Com a proposta de crédito orientado, o financiamento será acompanhado por orientações de educação financeira.
O programa, desenvolvido pela Adece, ainda está em fase final de elaboração. Embora o governador Camilo Santana tenha previsto a liberação do crédito já a partir da próxima semana, a agência ainda estuda qual será a data para o início da adesão pelos cearenses.
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Financiamentos
Os financiamentos vão variar de R$ 500 a R$ 5 mil para cada negócio individual. Já para quem tem empresa em conjunto com outros sócios, o valor liberado pode chegar a R$ 21 mil, afirmou o presidente da Adece, Francisco Rabelo.
"Pode fazer algum investimento, como pode ser para capital de giro. Vai atender às duas faces", frisou Rabelo.
As taxas de juros ficarão entre 0,3% e 0,5% ao mês, segundo Rabelo, com parcelamento em até 24 meses. O programa também prevê carência de até quatro meses para o início do pagamento das parcelas.
De acordo com Rabelo, para facilitar a condução do financiamento, os pagamentos serão realizados por uma fintech, ainda não revelada.
Confira as principais condições
- Pessoas com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 3.117);
- Financiamento individual entre R$ 500 e R$ 5 mil;
- Financiamento em grupo com limite máximo de R$ 21 mil;
- Juros em torno de 0,3% a 0,5% ao mês;
- Parcelamento em até 24 meses;
- Pagamento por plataforma digital;
- Carência de até quatro meses.
Educação financeira
O passo inicial da iniciativa deve ser garantir acesso a conteúdos educacionais para auxiliar os pequenos negócios por uma plataforma virtual do Programa, a ser lançada, disse o presidente da Adece.
“O empreendedor vai ter um pacote com a lógica de usar o recurso e o treinamento. Faz parte do Programa ter uma educação financeira, o mínimo de plano para ajudar o negócio. É um tipo de crédito orientado”, salientou.