Fraport custeia vinda de juiz para acelerar obras

Waldemar Cláudio de Carvalho virá de Brasília para inspecionar a área do Aeroporto que devia ter sido feita para a Copa

Escrito por Armando de Oliveira Lima - Repórter ,
Legenda: Estrutura inacabada deixada pelo consórcio CPM Novo Fortaleza será alvo de inspeção pelo magistrado e equipe técnica
Foto: Foto: Kid Júnior

Enquanto os aeroportos de Salvador, Florianópolis e Porto Alegre - todos concedidos à iniciativa privada no mesmo leilão que o de Fortaleza - dão início às obras de ampliação, o Aeroporto Pinto Martins continua sem avanço neste sentido. Para acelerar o processo empacado pela disputa judicial entre o consórcio CPM Novo Fortaleza e a Infraero - antiga administradora do terminal -, a Fraport resolveu custear a vinda do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho ao Ceará para que ele possa fazer a inspeção das obras inacabadas.

O magistrado deve passar um dia no Aeroporto em 27 de abril deste ano, assim como os técnicos que devem o acompanhar para a inspeção, segundo determina despacho assinado pelo próprio juiz em 4 de abril.

A responsabilidade desses custos, inicialmente, seriam do consórcio composto pelas empresas Cosben, Paulo Otávio e MPE, que se opuseram ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) de desobstruir a área para que a nova ampliação pudesse ser iniciada.

Sem poder remover as estruturas metálicas, a Fraport conduz apenas estudos, mapeamentos e testes na área. Até agora, a concessionária já concluiu as chamadas obras imediatas - feitas no período de transição da administração - e deve concentrar-se na expansão do embarque e desembarque internacional e, logo em seguida, no doméstico. Para isso, equipes das construtoras Método e Passarelli - contratadas pela Fraport para as obras de ampliação - chegam ao terminal.

Concorrentes

O imbróglio envolvendo o consórcio e a Infraero que impedem o andamento das obras no Aeroporto de Fortaleza começam a reverter a vantagem que o terminal cearense tinha sobre os demais concedidos no mesmo leilão. A própria Fraport já admitiu que o cronograma do projeto está comprometido e, enquanto o problema não é solucionado, os concorrentes saem na frente.

Em Porto Alegre, onde a Fraport também é a concessionária, as obras de ampliação do Aeroporto Salgado Filho já foram iniciadas, contando ainda com a demolição das obras inacabadas do terminal - também contratadas pela Infraero no período pré-Copa do Mundo.

Da mesma forma acontece em Salvador, onde a Vinci recebeu a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para dar início às obras, que já possuem um consórcio contratado para tal.

Já em Florianópolis, a Zurich deu início, em janeiro, à construção do novo terminal, que deve entrar em operação em 2019, e tem na Racional Engenharia a construtora responsável.

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