Fábrica da Troller volta a operar normalmente para atender demanda

Segundo presidente do sindicato de metalúrgicos de Maracanaú, funcionários deverão ter o salário reajustado no mês de maio. Previsão é de que a fábrica opere até o fim de dezembro de 2021

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@svm.com.br
Fábrica Troller
Legenda: Fábrica da Troller, em Horizonte, encerrou atividades no fim de 2021
Foto: Thiago Gadelha

A vida segue normalmente na fábrica da Troller em Horizonte, no Ceará. Após um hiato por conta da pandemia, a unidade reiniciou, desde o fim de janeiro, a produção de veículos, que deverá durar pelo menos até o dia 31 de dezembro deste ano, caso não haja um novo investidor que garanta sua manutenção após a saída da Ford do País. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Maracanaú (Sindimetal), Nilton Pereira, todos os funcionários já retornaram ao expediente normal, "como se nada tivesse acontecido".

Em 2021, a planta deverá operar sob demanda, garantindo que as pessoas que compraram ou que ainda desejam adquirir um veículo da marca possam receber o produto neste ano. 

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Reajuste salarial

E a perspectiva é que o ano siga sem grandes problemas para os trabalhadores da unidade fabril. O presidente do Sindimetal disse que já a previsão da negociação de reajuste salarial para todos os empregados.  

"Em maio, o salário vai ser reajustado normalmente e estamos aguardando o fechamento em dezembro a não ser que alguém compre e decida investir na fábrica", disse Pereira. 

Novos investidores

Atualmente, segundo informações do Sindimetal e do Governo do Estado, existem três empresas interessadas em comprar a fábrica da Troller em Horizonte, cuja venda caberá à Ford.

A montadora anunciou, em janeiro, que está encerrando as atividades no País, decidindo vender a planta de produção da marca cearense de utilitários off-road.

Apesar da confirmação das negociações, não há a definição do nome dos possíveis interessados em comprar a Troller. 

"Fiz uma assembleia com o pessoal de lá e falei com todos, e tem a ansiedade da situação que pegou todo mundo de surpresa. Mas pedi para terem paciência. Vamos esperar que alguém invista para que a produção possa continuar. A primeira palavra que tivemos é que tem três empresas querendo comprar a planta, mas não sabemos quem ainda", disse o presidente do Sindimetal.

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