Coworking: a nova forma de trabalhar reduzindo custos

Em 2016, esse modelo de negócios, que reúne diferentes empresas em um mesmo ambiente de trabalho, cresceu 52% no País. Hoje, o Brasil conta com 348 espaços, sendo 10 no Ceará, que dobrou o número desse tipo de local

Escrito por Bruno Cabral - Repórter ,
Tendência no meio corporativo, o coworking nunca foi tão difundido no País. A prática, que vem atraindo cada vez mais empresas e profissionais liberais, se consolidou em Fortaleza e já chegou ao Interior do Estado. Em 2016, esse modelo de negócios, que reúne diferentes empresas em um mesmo ambiente de trabalho, apresentou um crescimento de 52% no País, em relação a 2015. De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, o País conta com 348 espaços ativos, sendo 10 no Ceará, que dobrou o número de espaços de coworking neste ano. No mundo, estima-se que haja cerca de sete mil espaços.

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Entre as principais vantagens dos espaços compartilhados, está a divisão de despesas fixas, como serviços de limpeza, recepcionista, telefonia ou internet, cuja economia pode chegar a 80%, se comparado aos custos de um escritório convencional. Além disso, o modelo de coworking permite que o usuário se dediquem exclusivamente ao seu negócio e que interaja com profissionais de diferentes áreas, sendo uma alternativa ao modelo de home office.

“O coworking é uma tendência mundial que vem crescendo muito. E a crise deu uma maior visibilidade. Para os clientes, essa alternativa chega a ser 80% mais barata do que ter uma sala comercial”, diz Marcos Parente, vice-presidente da Rede Coworking CE. 

“Há pouco mais de um ano, nós tínhamos quatro ou cinco espaços no Ceará, hoje nós somos 10 coworkings profissionais, que abrigam cerca de 500 empresas, envolvendo cerca de 3 mil pessoas no Estado. São números expressivos”, afirma.

Espaços 

De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, Fortaleza, que conta com nove espaços, é a cidade do Nordeste com o maior número de coworkings ativos. Em seguida aparecem Recife, com sete, e Aracaju, João Pessoa e Salvador, com cinco, cada uma. No ranking nacional, Fortaleza fica na nona posição. A cidade que conta com mais espaços é São Paulo (90), seguida por Rio de Janeiro (32) e Belo Horizonte (24). Segundo a Movebla, site especializado em negócios do ramo, em média, cada espaço conta com 57 membros.

Após apresentar resultados satisfatórios em Fortaleza, o modelo de coworking chegou, neste ano, ao Interior. Sobral já conta com um espaço e, em breve, outros municípios também deverão receber empresas desse segmento, como Juazeiro do Norte. 

Segundo Parente, empresários do Interior têm procurado a Rede Coworking CE em busca de informações e apoio para montarem seus próprios espaços. “O crescimento é constante. Mas o ano de 2016 apresentou um pouco de instabilidade por conta da crise, porque o que pesa para a gente é a inadimplência dos espaços, porém, por ser uma tendência, a gente espera que com o retorno do crescimento da economia nós tenhamos um 2017 ainda melhor”, diz.

Cenário

Embora o cenário econômico influencie diretamente no mercado de coworkings, Renata da Costa e Luciana Dleizer, sócias da empresa paulista Office&Co., dizem que esse modelo de negócios pode se beneficiar tanto dos momentos de alta como de baixa. “O escritório compartilhado é uma tendência que veio pra ficar”, elas dizem. Quando a economia está em alta, mais pessoas montam novas empresas e o coworking se torna a opção ideal, pois não exige o investimento na montagem de um escritório. 

Já nos momentos de baixa, quando a redução de custos fixos se torna primordial, o coworking permite a redução de custos e ainda estar em um escritório de alto padrão.

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