Coworking: a nova forma de trabalhar reduzindo custos
Em 2016, esse modelo de negócios, que reúne diferentes empresas em um mesmo ambiente de trabalho, cresceu 52% no País. Hoje, o Brasil conta com 348 espaços, sendo 10 no Ceará, que dobrou o número desse tipo de local
>>Potencial do serviço é elevado e atrativo
>>Iniciativa ganha força no Interior
>>Boa estrutura e baixo custo atraem as áreas tradicionais
>>Flexibilidade para atuar em diferentes partes do mundo
“O coworking é uma tendência mundial que vem crescendo muito. E a crise deu uma maior visibilidade. Para os clientes, essa alternativa chega a ser 80% mais barata do que ter uma sala comercial”, diz Marcos Parente, vice-presidente da Rede Coworking CE.
“Há pouco mais de um ano, nós tínhamos quatro ou cinco espaços no Ceará, hoje nós somos 10 coworkings profissionais, que abrigam cerca de 500 empresas, envolvendo cerca de 3 mil pessoas no Estado. São números expressivos”, afirma.
Espaços
De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, Fortaleza, que conta com nove espaços, é a cidade do Nordeste com o maior número de coworkings ativos. Em seguida aparecem Recife, com sete, e Aracaju, João Pessoa e Salvador, com cinco, cada uma. No ranking nacional, Fortaleza fica na nona posição. A cidade que conta com mais espaços é São Paulo (90), seguida por Rio de Janeiro (32) e Belo Horizonte (24). Segundo a Movebla, site especializado em negócios do ramo, em média, cada espaço conta com 57 membros.
Após apresentar resultados satisfatórios em Fortaleza, o modelo de coworking chegou, neste ano, ao Interior. Sobral já conta com um espaço e, em breve, outros municípios também deverão receber empresas desse segmento, como Juazeiro do Norte.
Segundo Parente, empresários do Interior têm procurado a Rede Coworking CE em busca de informações e apoio para montarem seus próprios espaços. “O crescimento é constante. Mas o ano de 2016 apresentou um pouco de instabilidade por conta da crise, porque o que pesa para a gente é a inadimplência dos espaços, porém, por ser uma tendência, a gente espera que com o retorno do crescimento da economia nós tenhamos um 2017 ainda melhor”, diz.
Cenário
Embora o cenário econômico influencie diretamente no mercado de coworkings, Renata da Costa e Luciana Dleizer, sócias da empresa paulista Office&Co., dizem que esse modelo de negócios pode se beneficiar tanto dos momentos de alta como de baixa. “O escritório compartilhado é uma tendência que veio pra ficar”, elas dizem. Quando a economia está em alta, mais pessoas montam novas empresas e o coworking se torna a opção ideal, pois não exige o investimento na montagem de um escritório.
Já nos momentos de baixa, quando a redução de custos fixos se torna primordial, o coworking permite a redução de custos e ainda estar em um escritório de alto padrão.