Boa estrutura e baixo custo atraem as áreas tradicionais

De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, a maior parte dos coworkers atua na área de consultoria

Escrito por Redação ,
Legenda: Outros profissionais que têm buscado mais os espaços de trabalho compartilhados, conforme o Censo Coworking Brasil 2016, são os que atuam em áreas como publicidade, design, marketing, internet, startups, advocacia, negócios sociais, vendas, jornalismo, terceiro setor, contabilidade e moda
Foto: Fotos: Thiago Gadelha

Se até pouco tempo atrás, as startups (empresas de tecnologia em estágio embrionário) eram as principais clientes dos espaços de coworking, hoje o cenário mudou e empresas de segmentos tradicionais, como o do direito e da publicidade, estão entre os principais públicos dos coworkings brasileiros.

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De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, a maior parte dos coworkers atua na área de consultoria. Em seguida, aparecem profissionais das áreas de publicidade e design; marketing; internet; startups; advocacia; negócios sociais; vendas; jornalismo; terceiro setor; contabilidade e moda.

Gastos menores

O publicitário Anthony Conde, 31, que presta serviço de consultoria a empresas, diz que se tivesse optado por montar um escritório teria gastado pelo menos cinco vezes mais do que paga como membro de um coworking.

"Economicamente, eu poupei bastante. A estrutura me dá um suporte muito bom, porque aqui eu posso realizar reuniões com meus clientes, receber telefonemas, encomendas e, além da economia, a localização é boa para mim e para os meus clientes", conta o publicitário.

Clientes

Após trabalhar durante nove anos em uma agência de publicidade, Anthony Conde decidiu abrir sua própria empresa na área. Inicialmente, ele até chegou a investir em um home office, mas garante que valeu a pena aderir a um espaço de trabalho compartilhado. "Tenho um home office todo montado, mas prefiro trabalhar aqui (no Reserva Coworking). Acho que fica melhor para mim e para os clientes. Já estou negociando para ficar mais seis meses", diz.

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O publicitário Anthony Conde disse que se tivesse montado um escritório, teria gastado cinco vezes mais

Além da estrutura, Anthony Conde diz que a interação com outros profissionais estimula novos negócios. "É um ambiente muito rico. E se você investir nisso, as coisas podem acontecer aqui dentro mesmo, de maneira natural", diz. "Antes eu estava em um emprego formal. Pedi demissão para montar a minha empresa. E hoje estou onde queria estar. Venho aqui três vezes por semana. E, a médio e longo prazo, tudo caminha para o crescimento", conta o publicitário.

Diferentemente da maior parte do público que busca os espaços de coworking, o empresário Miguel Rendeiro, da ML Renewables, já aluga uma sala comercial na Aldeota mas optou por alugar um espaço privado no Reserva Coworking, onde vai praticamente todos os dias, devido aos serviços e, sobretudo, pelo ambiente, que ele considera mais amistoso para atender seus clientes. "Esse é um espaço simpático, tem apresentação, tem sala de reuniões e um minibar, onde a gente pode fazer uma simpatia ao cliente, com um cappuccino, por exemplo", ele diz.

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Com atuação no setor de energia, Miguel Rendeiro diz que a vantagem é não se preocupar com a logística 

Foco nos negócios

Com atuação no setor de energias renováveis, Miguel Rendeiro acredita que a grande vantagem do coworking é a possibilidade de usufruir da estrutura de um escritório sem perder o foco do seu negócio.

"A vantagem é você não estar tão preocupado com questões de logística da própria sala, como ter de contratar faxineira, ver a conta da luz. Além disso, temos recepção de correio. Ou seja, tem uma série de serviços que, para mim, é a grande vantagem. Temos um espaço para trabalhar e deixar as nossas coisas sem ter a dor de cabeça para gerir a sala", ele diz. (BC)

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