Consumo de oxigênio hospitalar dispara, e fábrica no CE amplia produção

Instalada na Zona de Processamento e Exportação do Cipp, a White Martins registrou um salto de 90% da demanda por oxigênio líquido e de 60% pelo insumo na forma gasosa com o avanço da pandemia do novo coronavírus

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: Temor é que haja desabastecimento de oxigênio nos municípios do interior do Ceará
Foto: Foto: Bruno Gomes

Em abril, a unidade da White Martins no Ceará registrou um significativo incremento na produção de oxigênio para o segmento medicinal devido à demanda gerada pelo novo coronavírus. Segundo a empresa, o consumo de oxigênio na forma gasosa, entregue por meio de cilindros exclusivamente aos mercados medicinal e industrial do Ceará, registrou um aumento de 60% na comparação com março. E o consumo de oxigênio líquido do segmento medicinal, voltado para todo mercado nacional, registrou um incremento de 90% no mês.

"Neste momento crítico que enfrentamos, posso afirmar que estamos preparados para seguir operando com a excelência que sempre buscamos em nossas operações e nossos negócios. Sabemos da responsabilidade que temos ao oferecer produtos e serviços que são essenciais à vida de milhares de pessoas e que também contribuem para a continuidade das operações de diversos segmentos importantes da indústria", disse Gilney Bastos, presidente da White Martins.

Aumento da produção

Procurada pela reportagem, a companhia informou que, a exemplo de sua unidade do Ceará, outras unidades da empresa no País registraram aumento da produção de oxigênio para o segmento medicinal, em função da disseminação da Covid-19. Ele ressaltou, no entanto, que os "números podem variar diariamente diante dos novos desdobramentos da pandemia".

Além do oxigênio, utilizado em terapias respiratórias, a unidade cearense produz nitrogênio, que é dedicado à preservação do sangue e tecidos vitais. Os gases produzidos no Ceará abastecem, principalmente, hospitais das regiões Norte e Nordeste.

ZPE

Instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, no Complexo do Pecém, a White Martins tem capacidade de produção superior a duas mil toneladas de gases por dia, sendo uma das maiores unidades da empresa na América Latina.

De acordo com o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima, a empresa foi fundamental para os resultados positivos alcançados pela ZPE nos últimos anos. "Em 2019, tivemos o segundo ano consecutivo de crescimento ultrapassando 12 milhões de toneladas. São apenas seis anos de história, mas a cada ano nos superamos e comprovamos com os resultados obtidos a capacidade da ZPE Ceará em receber mais empreendimentos como a White Martins", diz.

Operação normal

Segundo a diretora de operações da ZPE Ceará, Andréa Freitas, as empresas lá instaladas seguem operando normalmente, para assegurar o atendimento de todos que dependem de sua produção.

"Estamos vivendo um momento atípico, em que pensar no próximo é o que importa. Sabíamos que nossas atividades não poderiam parar, então ajustamos nossos processos para que elas continuassem a acontecer da maneira mais segura possível, garantindo assim a segurança dos nossos colaboradores e evitando a proliferação do coronavírus".

A White Martins representa, na América do Sul, a Linde, maior empresa global de gases industriais e engenharia. A unidade instalada na ZPE Ceará detém clientes em todo o País mas principalmente nas regiões Norte e Nordeste, sendo a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) um de seus maiores clientes. Além da White Martins, seguem operando normalmente dentro da ZPE a CSP a Phoenix do Brasil.

Com o aumento da demanda hospitalar por oxigênio para o tratamento de pacientes com Covid-19, unidade fabril cearense amplia produção para atender ao mercado.

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