Comércio espera melhora nas vendas com liberação de uso de máscaras em ambientes abertos no Ceará
Medida anunciada pelo governador Camilo Santana passa a valer a partir de segunda-feira (21) em todo o Estado
Com o fim do uso obrigatório de máscaras em ambientes abertos no Ceará, o comércio espera que haja uma melhora nas vendas, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), Assis Cavalcante.
O governador Camilo Santana anunciou nesta sexta-feira (18) que o uso do equipamento de segurança contra a Covid-19 será de uso factual em locais abertos a partir de segunda-feira (21) em todo o Estado. A obrigatoriedade está mantida para lugares fechados e o transporte público.
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Para Cavalcante, apesar de o uso ainda ser obrigatório no interior das lojas, a liberação dá maior segurança aos consumidores, indicando que o quadro epidemiológico está em uma situação favorável.
“Isso passa a informação de que a vida está voltando ao normal, com isso as pessoas ficam mais propensas a fazer suas compras, mais seguras que não vão perder o emprego por conta da pandemia”.
Movimentação cresce
Cavalcante pontua ainda que, nos últimos meses, a movimentação das lojas diminuiu substancialmente por conta da pandemia e que, aos poucos, o ritmo vem crescendo novamente, mas ainda não está no nível pré-pandemia.
Ainda amargando os efeitos da crise após quase dois anos com funcionamento afetado, o presidente da CDL afirma que o setor teve um mês de fevereiro bastante positivo e o resultado de março é relativamente parecido com o de 2019.
“A nossa expectativa agora é para o mês de abril, já que teremos o saque extraordinário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a antecipação do 13º salário dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)”, destaca.
Essas medidas foram anunciadas na quinta-feira (17) pelo Governo Federal como tentativa de estimular a economia.
No aguardo do decreto
Outro setor que vê com bons olhos a liberação é de bares e restaurantes que, desde o início do mês, já vem demandando a liberação para estabelecimentos que exijam passaporte sanitário.
Isso porque, conforme o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel), Taiene Righetto, tem se tornado mais difícil monitorar a demanda de clientes.
Porém, Righetto pondera que ainda aguarda o decreto ser publicado – o documento deve sair na edição de sábado (19) do Diário Oficial do Estado (DOE) –, para entender melhor as novas regras.
"Quando você fala que está liberado ao ar livre é preciso definir o que é ao ar livre, porque se for nas praias e praças, por exemplo, para os bares e restaurantes nada muda, pelo contrário, piora, já que vou ter que continuar exigindo o uso de máscaras ao nosso público”.
‘Primeiro passo’
A presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE), Stella Pavan, pontua que este é um primeiro passo que a haja a liberação total do uso das máscaras e afirma ser “um momento de recomeço”.
“Já dá certa liberdade. Pelo que se entende antes do decreto, havia dois tipos de restrições para locais abertos e fechados no caso dos eventos, então subtende-se que esse local aberto possa ser um ambiente ao ar livre".
Um dos setores mais afetados pelas restrições decorrentes da pandemia começa a ter agora uma recuperação. Segundo Pavan, os eventos sociais já retomam com uma força significativa, mas o corporativo segue em um ritmo mais lento.
“É muito difícil recuperar dois anos em alguns meses, não é do dia pra noite. Para evento corporativo, a gente precisa de muito mais tempo, acreditamos que comece a aquecer para o corporativo no segundo semestre”, diz.