13° salário: confira opções para investir o dinheiro extra a partir de R$ 30

Recurso extra nesse fim de ano é oportunidade para trabalhadores ingressarem no mundo as aplicações financeiras

Escrito por Redação ,
Legenda: Além da poupança, o mercado financeiro oferece opções mais rentáveis a partir de R$ 30
Foto: Arquivo

O fim do ano se aproxima e os trabalhadores já entram na expectativa do pagamento do 13º salário. A primeira parcela do benefício costuma ser liberada até o dia 30 de novembro, de forma que os planos para esse recurso extra já começam a ser feitos, desde compras de fim de ano, pagamento de dívidas e poupar.

Há ainda quem pense em aproveitar para ingressar no mundo dos investimentos, embora ainda não saibam bem por onde começar nem a quantia necessária para tal. Com um mercado cada vez mais diversificado, especialistas apontam opções seguras a partir de R$ 30, por exemplo, e dão dicas de como escolher o melhor produto para cada perfil.

As orientações são parte do Sua Carteira, projeto do Diário do Nordeste que mostra como o leitor pode economizar em produtos e serviços e a alcançar melhores retornos da sua carteira de investimentos.

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O economista e professor de Economia da Universidade de Fortaleza, Allisson Martins, orienta que as pessoas comecem a investir com o valor que elas tiverem disponível, embora o ideal seja destinar de 10% a 20% do orçamento para essa finalidade.

Ele explica que, nesse primeiro momento, os investidores devem começar pelos produtos que possuam facilidade de entender e que são mais seguros.

A caderneta de poupança é a mais antiga e mais conhecida possibilidade dos brasileiros. Não à toa, em setembro, o ativo somava R$ 991,8 bilhões investidos, cifra o dobro do registrado na bolsa de valores (R$ 492,2 bilhões).

Martins pontua, no entanto, que, diante dos baixos rendimentos da poupança (0,5% ao mês + TR), é interessante que os trabalhadores busquem opções tão seguras e acessíveis quanto, mas que paguem juros maiores.

Uma dessas saídas são os títulos públicos, encontrados a partir de R$ 30. Além dos baixos valores, uma das vantagens desse tipo de produto é a falta de taxa de administração da instituição financeira, contribuindo para a manutenção do rendimento.

"Existem vários tipos de título público, atrelado a inflação, que você consegue proteger o patrimônio da pressão inflacionária, tem os pré-fixados, que você já sabe exatamente quanto vai render ao final daquele período", detalha o economista.

Investidor moderado

O conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, elenca que o caminho natural após a adaptação com os títulos públicos são os investimentos em fundos multimercados, vinculados a empresas ou setores do mercado caracterizados como renda fixa, variável ou um mix de ambos dependendo do produto.

Somente a médio-longo prazo é que passam a ser indicadas operações mais específicas e técnicas, que talvez exijam até mesmo orientação personalizada de um profissional, dependendo do valor a ser aplicado. O especialista esclarece não haver um valor fechado a partir do qual o investidor deve procurar um assessor. 

Isso depende muito do patrimônio da pessoa. Se ela tem recursos a partir de R$ 10 mil, pode procurar assessoria da própria instituição financeira onde possui conta, pois os bancos têm departamentos específicos para isso, sem custos a mais. A medida que os valores forem aumentando, ela pode procurar algo mais personalizado, dentro das próprias instituições ou com empresas especializadas"
Ricardo Coimbra
Conselheiro do Corecon-CE

Priorização de dívidas

Antes de iniciar a jornada no mundo dos investimentos, Coimbra aconselha que as pessoas analisem a situação financeira, vejam se há algum tipo de dívida aberta, quais os juros que estão incidindo sobre ela.

Essa etapa é importante porque os juros pagos na forma de rendimentos em aplicações financeiras dificilmente irão superar os juros que incidem em dívidas de curto prazo, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.

Dessa forma, a orientação é sempre quitar ou amortizar, esses débitos que possam estar em aberto.

A regra, no entanto, não vale para dívidas muito longas e com juros baixos, conforme Martins. É o caso do financiamento imobiliário, por exemplo. Assim, ainda é válido aplicar algum tipo de recurso extra no mercado financeiro em vez de reduzir essa dívida.

Outro ponto relevante, segundo o conselheiro do Corecon-CE, especialmente neste fim de ano, é avaliar as despesas extraordinárias típicas de início do ano. Ele lembra que alguns tributos, como IPTU e IPVA, concedem descontos de cerca de 10% para pagamentos em parcela única.

Esse é outro exemplo em que acaba sendo mais vantajoso antecipar o pagamento do que realizar aplicações, já que em pouquíssimos casos uma aplicação dará retornos superiores a 10% em poucos meses.

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