J.K. Rowling conta que se sentiu condenada por atores dos filmes e que os despreza
Os protagonistas de Harry Potter cortaram relações com ela após discurso transfóbico
A autora de Harry Potter e direitista radical, J.K. Rowling, de 58 anos, escreveu em um livro de ensaios recém-publicado, que classifica alguns de seus ex-parceiros como "desprezíveis" e que se sentiu "condenada" por eles.
Em um artigo presente no livro "The Women Who Wouldn't Say Wheesht", lançado há poucos dias nas livrarias britânicas, no The Times (via The Independent), ela declarou que os protagonistas da série de filmes da saga se distanciaram dela nos últimos anos.
"Na verdade, a condenação de certos indivíduos foi muito menos surpreendente para mim do que o fato de alguns deles me terem enviado e-mails, ou mensagens através de terceiros, para verificar se ainda éramos amigos." escreveu ela.
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"A questão é que aqueles que estão horrorizados com a minha posição muitas vezes não conseguem compreender o quão verdadeiramente desprezível eu considero a posição deles", afirmou.
Daniel Radcliffe e Emma Watson, atores que deram vida aos principais personagens no cinema, contrariaram J.K após ela se tornar uma das maiores aliadas contra os direitos de pessoas trans no Reino Unido.
A autora já disse que "mulheres trans não são mulheres", e chegou a se filiar a células de feministas radicais com associações nazistas.
Perdão
Em 2020, respondeu a um seguidor no X que perguntou se ela perdoaria que Radcliffe e Watson: "Não é seguro, acredito. Celebridades que se juntaram a um movimento disposto a destruir os direitos conquistados arduamente por mulheres e que usaram as suas plataformas para celebrar a transição de menores podem guardar suas desculpas a pessoas que são traumatizadas após destransicionarem e mulheres vulneráveis que dependem da segurança de espaços para sexo único”.
Em recente entrevista, Daniel confirmou que cortou o contato com a autora. "Isso me deixa muito triste, porque eu realmente olho para a pessoa que eu conheci, as vezes que nos encontramos, os livros que ela escreveu, o mundo que ela criou. Tudo isso parece tão empático pra mim", confessou.