Coronavírus: secretária da Fazenda defende maior atuação da União durante crise econômica

Durante transmissão ao vivo no Instagram, que contou com a participação do professor Marciano Buffon, foi discutido o papel do Estado no combate à pandemia

Escrito por Redação ,
Legenda: Fernanda Pacobahyba destacou os esforços do Estado para garantir a sanidade fiscal nos últimos anos
Foto: Foto: Camila Lima

O Estado brasileiro terá de intervir e atuar de forma mais ativa na economia para evitar danos maiores durante a crise causada do novo coronavírus. A perspectiva foi discutida durante uma transmissão ao vivo pelo Instagram com a secretária da Fazenda do Estado, Fernanda Pacobahyba, e o professor de direito tributário da Unisinos Marciano Buffon. 

Durante a conversa, Buffon defendeu que a pandemia do coronavírus é o maior desafio enfrentado pela humanidade moderna. E para enfrentar a crise sanitária, bem como os impactos econômicos, o estado terá de ter agir. 

Nessa perspectiva, Pacobahyba e Buffon concordaram que não existe espaço para se discutir um estado mínimo durante a pandemia, e que não deveriam ser aplicados conceitos rígidos de austeridade nesse momento. 

"Me parece muito clara a ideia de que não há espaço para um conceito de estado mínimo agora porque estamos diantes do maior desafio da geração. Nós não passamos por uma guerra, então esse é o maior desafio, e como vamos enfrentar esse desafio é que diz qual será o futuro de todos", disse Buffon. 

A secretária da Fazenda ainda ressaltou os esforços do Governo do Estado em manter o equilíbrio fiscal das contas do Ceará. Ela destacou, no entanto que o Estado precisará do apoio da União para enfrentar a crise, já que o Governo Estadual tem mais limitações, sem poder imprimir moeda, por exemplo. 

Renda básica 

Durante a transmissão, Buffon ainda disse que está trabalhando em um projeto para garantir o pagamento de uma  renda básica emergencial por mais tempo. O objetivo é garantir a segurança da população mais vulnerável durante a crise e evitar um "caos social".

"Precisamos de um programa de renda emergencial mínima para os 30% mais pobres e estou trabalhando em um projeto de contribuição social sobre grandes fortunas para que se crie um fundo para garantir a segurança da população. Se não fizermos isso, podemos caminhar para um estado de caos social enorme", disse.

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