Saiba quais são as cidades cearenses que já ultrapassaram a média anual de chuva em apenas 4 meses

No Ceará como um todo, a tendência é de que a média também seja superada. Até este início de abril, já choveu quase 90% do esperado para o ano

Escrito por André Costa , andre.costa@svm.com.br
Legenda: Em Fortaleza, já choveu o acumulado de 1660.5 mm, o que representa 15% acima da média histórica anual
Foto: Fabiane de Paula

Foram necessários menos de 5 meses completos para 58 cidades cearenses acumularem todo o volume de chuva esperado para o ano inteiro, conforme levantamento feito pelo Diário do Nordeste. Este número representa pouco mais de 30% das 184 cidades cearenses. 

O cenário da quadra chuvosa (fevereiro-maio), de um modo geral, tem sido positivo no Ceará. No início do ano, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) divulgou previsão de que o Estado tinha apenas 20% de chance de as chuvas ficarem abaixo da média neste ano.

Tal prognóstico se confirma não apenas para as 58 cidades que já superaram a média histórica, mas para duas das 8 macrorregiões cearenses. Elas também já atingiram a normal climatológica anual e, em outras duas macrorregiões, o índice está bem próximo de ser atingido.

  • Litoral de Fortaleza: acumulado de 1.180,2 mm - 8,9% acima da média
  • Maciço de Baturité: acumulado de 988,8 mm - 4,1% acima da média
  • Cariri: acumulado de 889,1 mm - 0,6% abaixo da média
  • Litoral de Pecém: acumulado de 832,9 mm - 3,7% abaixo da média

Somente três macrorregiões (Sertão Central e Inhamuns, Litoral Norte e Ibiapaba) estão mais distantes de superarem à média anual, restando ainda mais de 15% para que as chuvas ultrapassem o volume esperado para todo o ano. 

  • Ibiapaba: acumulado de 746 mm - 17,6% abaixo da média
  • Litoral Norte: acumulado de 801,2 mm - 17,7% abaixo da média
  • Sertão Central e Inhamuns: acumulado de 551,4 mm - 18,5% abaixo da média

Seleto grupo

No Ceará como um todo, a tendência é de que a média também seja superada. A média histórica anual do Estado é de 800,6 milímetros e, até agora, a Funceme já registrou volume médio de 706,4mm, o que representa apenas 11.8% abaixo da média até o momento.

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Levando em consideração o período de ocorrência das chuvas que ainda resta, o índice deve ser batido. A quadra chuvosa se estende até o fim deste mês. Contudo, o Ceará conta, também, com chuvas na pré-estação chuvosa, que tem início em dezembro e, no Sul do Estado, esta pré-estação é iniciada antecipadamente, no mês de novembro.

Caso a tendência se efetive, esta será apenas a terceira vez na década que as chuvas registradas ao longo do ano ultrapassam a média histórica anual. Isso só aconteceu em 2020 (+19,7%) e 2019 (+5,1%). Em todos os demais anos desta década, as chuvas ficaram aquém da normal climatológica (800,6mm).

Reservatórios em alta

Os bons índices pluviométricos refletem diretamente na melhoria de cenário dos açudes cearenses. O atual volume dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é de 37,2%, melhor índice desde 2013.

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Neste início de ano, o órgão já contabiliza 3,75 bilhões de metros³ aportados. Esta recarga já é superior ao dobro de todo o aporte registrado em 2021 (1,75 bi m³).

Atualmente, são 35 açudes sangrando e outros 11 com volume acuma dos 90%: Araras, Curral Velho, Do Coronel, Malcozinhado, Maranguapinho, Pacoti, Riachão, São Domingos II, Taquara, Trapiá III e Valério.

 

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